Nas últimas semanas, a Europa e a Ásia têm registrado um preocupante aumento de casos de coqueluche. Com sintomas como tosse seca, febre e cansaço, essa doença pode evoluir para complicações sérias como pneumonia e paradas respiratórias. No Brasil, a vacinação tem sido crucial para manter a coqueluche sob controle, com vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em resposta à situação global, o Ministério da Saúde emitiu uma Nota Técnica reforçando a importância da vigilância epidemiológica.

A nota do Ministério inclui orientações para que os profissionais de saúde intensifiquem a investigação de contatos de casos confirmados, além de oferecer tratamento adequado e ampliar o uso da vacina dTpa para profissionais de saúde e trabalhadores em contato com crianças pequenas. Dados nacionais de 2019 a 2024 revelam que mais de 52% dos casos de coqueluche ocorreram em crianças menores de um ano. Esse grupo é particularmente vulnerável, tornando essencial a vacinação contínua.

A vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, é administrada em três doses nos primeiros seis meses de vida, seguidas de reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Gestantes, puérperas e profissionais de saúde também são imunizados com a dTpa. Em 2023, a cobertura vacinal contra coqueluche aumentou em comparação a 2022, um indicativo positivo da eficácia das campanhas de vacinação no país.

Em maio, a União Europeia relatou um aumento de coqueluche em 17 países, com mais de 32 mil casos nos primeiros três meses de 2024. A China também notificou mais de 32 mil casos e 13 óbitos no mesmo período. Esses surtos internacionais reforçam a importância de manter as vacinas em dia e buscar diagnóstico e tratamento imediato ao surgirem sintomas. A vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz para prevenir surtos e proteger a saúde pública.