Remédios com venda liberada também podem causar riscos à saúde
Uso de remédio pode mascarar sintoma e dificultar diagnóstico
No Brasil, 79% das pessoas com mais de 16 anos admitem tomar medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica. Os dados são da pesquisa feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) em 2018. Hábito comum para os brasileiros, a automedicação pode ser bastante prejudicial, como explica a farmacêutica Anny Tigre.
Ela acredita que a dificuldade de conseguir acesso aos serviços de saúde impulsiona essa cultura da automedicação. "É bem mais fácil se dirigir a uma drogaria, que tem praticamente em toda esquina, do que ao serviço público que tem um tempo de espera longo. Levando em conta a situação financeira da maioria da população, fica inviável pagar uma consulta particular", afirma.
Na maioria das farmácias, é comum medicamentos ficarem expostos nas prateleiras ao alcance dos clientes, como vitaminas, antigripais e outros. Anny acredita que essa prática, assim como a propaganda, também contribui para a automedicação. "A gente vê, por exemplo, o comercial de um polivitamínico sendo feito por Ivete Sangalo. As pessoas veem a cantora, que é cheia de energia, faz vários dias de carnaval e associam esse desempenho ao remédio", conclui. "Além disso, tem também as promoções que dão desconto em várias caixas de medicamento", acrescenta.
É importante ressaltar, no entanto, que mesmo esses medicamentos acessíveis nas prateleiras podem apresentar riscos. "Eu sempre falo nas aulas que a grande diferença entre o medicamento e o veneno é a dose. O medicamento para ser eliminado do corpo vai ter que passar por órgãos como fígado e rins, ao longo do tempo aquele remédio pode causar malefícios. Mesmo que seja uma vitamina. A hipervitaminose, que é a ingestão excessiva de vitaminas, pode causar problemas hepáticos, renais entre outros para o indivíduo", declara.
Ela acredita que a dificuldade de conseguir acesso aos serviços de saúde impulsiona essa cultura da automedicação. "É bem mais fácil se dirigir a uma drogaria, que tem praticamente em toda esquina, do que ao serviço público que tem um tempo de espera longo. Levando em conta a situação financeira da maioria da população, fica inviável pagar uma consulta particular", afirma.
Na maioria das farmácias, é comum medicamentos ficarem expostos nas prateleiras ao alcance dos clientes, como vitaminas, antigripais e outros. Anny acredita que essa prática, assim como a propaganda, também contribui para a automedicação. "A gente vê, por exemplo, o comercial de um polivitamínico sendo feito por Ivete Sangalo. As pessoas veem a cantora, que é cheia de energia, faz vários dias de carnaval e associam esse desempenho ao remédio", conclui. "Além disso, tem também as promoções que dão desconto em várias caixas de medicamento", acrescenta.
É importante ressaltar, no entanto, que mesmo esses medicamentos acessíveis nas prateleiras podem apresentar riscos. "Eu sempre falo nas aulas que a grande diferença entre o medicamento e o veneno é a dose. O medicamento para ser eliminado do corpo vai ter que passar por órgãos como fígado e rins, ao longo do tempo aquele remédio pode causar malefícios. Mesmo que seja uma vitamina. A hipervitaminose, que é a ingestão excessiva de vitaminas, pode causar problemas hepáticos, renais entre outros para o indivíduo", declara.
Além disso, a farmacêutica chama a atenção para o fato de que o sintoma é uma informação importante de que algo pode não estar certo. "O maior risco da automedicação, na minha visão, é impedir o diagnóstico de uma doença. Quando você faz uso de um medicamento sem diagnóstico você está apenas deixando de ter o sintoma momentaneamente, mas a doença vai continuar lá", ressalta.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.