Nutricionista fala sobre cultura vegetariana no Brasil
Entrevista marca mês de comemoração ao Dia do Vegetarianismo
A preocupação com a saúde e o corpo tem sido uma pauta constante na rotina de alguns brasileiros, sobretudo relacionando com o consumo de produtos de origem vegetariana. De acordo com dados de 2018 apontados por uma pesquisa do IBOPE, 30 milhões de pessoas já se declaravam vegetarianas, representando 14% da população do país.
No dia a dia, é possível ver, ainda que timidamente, um aumento na oferta de produtos e alimentos vegetarianos em mercados, restaurantes e no segmento de alimentação fora do lar, de modo mais amplo. Para entender um pouco mais sobre o assunto, a professora da UNINASSAU e nutricionista Andréa Pinho fala da cultura do vegetarianismo no Brasil, explica sobre a alimentação como estilo de vidas e dá dicas.
Confira a entrevista abaixo:
Quais os benefícios que uma pessoa pode ter ao aderir uma alimentação 100% vegetariana?
ANDRÉA PINHO: O aumento do consumo de produtos de origem vegetal em detrimento dos de origem animal já é um benefício para a saúde. Os produtos de origem vegetal contêm mais antioxidantes, fito químicos, não contém colesterol, têm conteúdo mais expressivo de fibras que ajudam no funcionamento intestinal e na defesa do sistema imunológico. Já os produtos de origem animal são ricos em colesterol e gordura saturada – responsáveis por danos ao organismo. Quando é adotada uma dieta vegetariana, os benefícios chegam junto às propriedades funcionais dos próprios produtos, além de não estamos consumindo tantos itens industrializados.
Que tipos de alimentos devem ser consumidos numa refeição vegetariana?
ANDRÉA PINHO: Existem vários tipos de vegetarianismo. Há aquele em que só se consome vegetais, cereais integrais e sem itens de origem animal, mas há aqueles que também permitem o consumo de ovos e produtos lácteos, por exemplo, o ovolactovegetarianos. Entre os grupos de alimentos que vegetarianos consomem são os vegetais, cereais integrais, leguminosas, oleaginosas. Às vezes as pessoas acham quem simplesmente adotar uma dieta vegetariana faz com que elas emagreçam e isso não é necessariamente verdade porque a maioria dos farináceos são à base de cereais que são vegetais e nem por isso deixam de ser calóricos.
Qual a diferença do vegetarianismo para o veganismo?
ANDRÉA PINHO: A diferença para o veganismo é que não é apenas uma escolha alimentar e envolve outros setores de nossa vida. O veganismo não somente não come como também não utiliza quaisquer produtos da cadeia produtiva de origem animal e/ou que faça testes em animais, envolvendo o sofrimento animal de alguma forma, como um chinelo de couro, um travesseiro de pluma, um lençol de seda etc.
ANDRÉA PINHO: Tem aumentado muito o número de adeptos a este estilo de vida pelo entendimento dos benefícios nutricionais e para a saúde de forma mais ampla, pela justificativa da longevidade e dos inúmeros problemas de saúde relacionados ao consumo de carne vermelha incluindo obesidade, hipertensão, então tem muitas pessoas aderindo. Os restaurantes e a indústria têm feito esse movimento também, sobretudo pelo crescimento da demanda por esses produtos e, por vezes, o vegetarianismo é utilizado como marketing sem levar o verdadeiro sentido da palavra, mas a cultura vegetariana vem crescendo no Brasil.
Além de contribuir com a saúde, o vegetarianismo também é uma pauta política? Quais os impactos da expansão da cultura vegetariana na sociedade?
ANDRÉA PINHO: Em termo de pauta política ainda não tem sido discutido tanto, porém tem sido algo em expansão dentro dos nichos, mas sem apoio político, principalmente entre os grupos de defesa ambiental que têm relacionado essa alimentação como a do futuro, para a sobrevivência do planeta que não vai aguentar o impacto da manutenção de uma dieta carnívora. É uma pauta de organizações não governamentais numa ideologia de proteção ao planeta e cuidado com efeitos da alimentação para a natureza. Em termos de sociedade temos um amadurecimento das pessoas com relação aos benefícios de uma alimentação saudável, mas em contrapartida tem o papel da indústria que ainda valoriza o consumo de carne e o brasileiro é um dos povos que mais ingere carne no mundo chegando a consumir três ou quatro vezes a mais do que o necessário para o consumo ideal.
Que dicas você dá para quem pretende aderir ao vegetarianismo? Por onde começar?
ANDRÉA PINHO: A primeira dica para aderir a esse tipo de dieta e estilo de vida realmente é procurar ajuda de um nutricionista ou médico porque não podemos esquecer que se a pessoa acabar fazendo apenas limitações sem ampliar o grupo de opção de alimentos dentro dos modelo, ela pode sim desenvolver carências nutricionais principalmente se estiver numa fase de desenvolvimento quando se trata de crianças ou a gestante, então precisa de uma ajuda de profissional da área para orientar sobre os alimentos e as variedades e combinações que possibilitam uma combinação proteica ideal para o funcionamento do corpo de forma perfeita, sem prejuízo algum. De forma isolada é complicado colocar em prática uma mudança como essa sem ajuda profissional.
No dia a dia, é possível ver, ainda que timidamente, um aumento na oferta de produtos e alimentos vegetarianos em mercados, restaurantes e no segmento de alimentação fora do lar, de modo mais amplo. Para entender um pouco mais sobre o assunto, a professora da UNINASSAU e nutricionista Andréa Pinho fala da cultura do vegetarianismo no Brasil, explica sobre a alimentação como estilo de vidas e dá dicas.
Confira a entrevista abaixo:
Quais os benefícios que uma pessoa pode ter ao aderir uma alimentação 100% vegetariana?
ANDRÉA PINHO: O aumento do consumo de produtos de origem vegetal em detrimento dos de origem animal já é um benefício para a saúde. Os produtos de origem vegetal contêm mais antioxidantes, fito químicos, não contém colesterol, têm conteúdo mais expressivo de fibras que ajudam no funcionamento intestinal e na defesa do sistema imunológico. Já os produtos de origem animal são ricos em colesterol e gordura saturada – responsáveis por danos ao organismo. Quando é adotada uma dieta vegetariana, os benefícios chegam junto às propriedades funcionais dos próprios produtos, além de não estamos consumindo tantos itens industrializados.
Que tipos de alimentos devem ser consumidos numa refeição vegetariana?
ANDRÉA PINHO: Existem vários tipos de vegetarianismo. Há aquele em que só se consome vegetais, cereais integrais e sem itens de origem animal, mas há aqueles que também permitem o consumo de ovos e produtos lácteos, por exemplo, o ovolactovegetarianos. Entre os grupos de alimentos que vegetarianos consomem são os vegetais, cereais integrais, leguminosas, oleaginosas. Às vezes as pessoas acham quem simplesmente adotar uma dieta vegetariana faz com que elas emagreçam e isso não é necessariamente verdade porque a maioria dos farináceos são à base de cereais que são vegetais e nem por isso deixam de ser calóricos.
Qual a diferença do vegetarianismo para o veganismo?
ANDRÉA PINHO: A diferença para o veganismo é que não é apenas uma escolha alimentar e envolve outros setores de nossa vida. O veganismo não somente não come como também não utiliza quaisquer produtos da cadeia produtiva de origem animal e/ou que faça testes em animais, envolvendo o sofrimento animal de alguma forma, como um chinelo de couro, um travesseiro de pluma, um lençol de seda etc.
Como você avalia a difusão da cultura vegetariana no Brasil?
ANDRÉA PINHO: Tem aumentado muito o número de adeptos a este estilo de vida pelo entendimento dos benefícios nutricionais e para a saúde de forma mais ampla, pela justificativa da longevidade e dos inúmeros problemas de saúde relacionados ao consumo de carne vermelha incluindo obesidade, hipertensão, então tem muitas pessoas aderindo. Os restaurantes e a indústria têm feito esse movimento também, sobretudo pelo crescimento da demanda por esses produtos e, por vezes, o vegetarianismo é utilizado como marketing sem levar o verdadeiro sentido da palavra, mas a cultura vegetariana vem crescendo no Brasil.
Além de contribuir com a saúde, o vegetarianismo também é uma pauta política? Quais os impactos da expansão da cultura vegetariana na sociedade?
ANDRÉA PINHO: Em termo de pauta política ainda não tem sido discutido tanto, porém tem sido algo em expansão dentro dos nichos, mas sem apoio político, principalmente entre os grupos de defesa ambiental que têm relacionado essa alimentação como a do futuro, para a sobrevivência do planeta que não vai aguentar o impacto da manutenção de uma dieta carnívora. É uma pauta de organizações não governamentais numa ideologia de proteção ao planeta e cuidado com efeitos da alimentação para a natureza. Em termos de sociedade temos um amadurecimento das pessoas com relação aos benefícios de uma alimentação saudável, mas em contrapartida tem o papel da indústria que ainda valoriza o consumo de carne e o brasileiro é um dos povos que mais ingere carne no mundo chegando a consumir três ou quatro vezes a mais do que o necessário para o consumo ideal.
Que dicas você dá para quem pretende aderir ao vegetarianismo? Por onde começar?
ANDRÉA PINHO: A primeira dica para aderir a esse tipo de dieta e estilo de vida realmente é procurar ajuda de um nutricionista ou médico porque não podemos esquecer que se a pessoa acabar fazendo apenas limitações sem ampliar o grupo de opção de alimentos dentro dos modelo, ela pode sim desenvolver carências nutricionais principalmente se estiver numa fase de desenvolvimento quando se trata de crianças ou a gestante, então precisa de uma ajuda de profissional da área para orientar sobre os alimentos e as variedades e combinações que possibilitam uma combinação proteica ideal para o funcionamento do corpo de forma perfeita, sem prejuízo algum. De forma isolada é complicado colocar em prática uma mudança como essa sem ajuda profissional.
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