Os diagnósticos de dengue continuam preocupando moradores e profissionais da saúde, em Feira de Santana. Um levantamento feito pela equipe de técnicos da vigilância em saúde, aponta que 70% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das residências e podem ser removidos com facilidade.

Cíntia Sacramento, coordenadora municipal do Centro de Endemias, de Feira de Santana, diz que o número é sim preocupante porque se compararmos é, praticamente, o dobro da quantidade de casos em relação ao mesmo período do ano passado.

"Requer uma atenção, ano passado tivemos 136 notificações e 31 confirmações. Já este ano estamos com 306 notificações e confirmado já tem 68 casos. As pesquisas indicam que mais de 70% dos focos de Dengue são encontrados dentro das residências, por isso é muito importante que a população esteja atenta a isso. Os agentes de endemias eles vão casa a casa, que é o trabalho de rotina para verificar, mas é necessário que a população acompanhe o agente e veja como funciona e passe a verificar os possíveis focos, principalmente agora depois das chuvas", alerta.

Intensificação de ações

Ainda segundo Sacramento, com o aumento exponencial das notificações, os trabalhos preventivos foram intensificados, mas a chuva piora muito o número de focos do mosquito. "Nós estamos intensificando o trabalho dos agentes, entregando capas para cobrir reservatórios descobertos e agora, com a ajuda do estado, vamos também passar o fumacê nos bairros onde as notificações e confirmações estão altas. Além disso, estaremos fazendo um trabalho de armadilhas, que são chamadas de ovitrampas, para capturar fêmeas e os ovos das fêmeas. Entre os bairros de maiores notificações estão: Papagaio, Mangabeira, Tomba, geram aglomerado de notificações", diz.

O Brasil registrou nas quatro primeiras semanas de 2024 mais de 217 mil casos de dengue, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde na terça-feira (30). O número é mais que o triplo de notificações do mesmo período em 2023: 65.366. O painel de monitoramento de arboviroses do governo contabilizou 15 mortes pela doença neste ano e 149 óbitos seguem em investigação. Em 2023, 41 mortes foram registradas. Considerada pelo ministério como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.