O principal objetivo do projeto era a redução em 30% da taxa de mortalidade por causas diretas, ou seja, aquelas que são resultado de complicações obstétricas na gravidez, parto ou puerpério. A meta foi superada pelo hospital baiano.

"O HEC preza pelo atendimento humanizado e está em constante melhoria para acolher pacientes de todo o estado. Esse excelente resultado evidencia o nosso compromisso pela vida e o constante trabalho para buscarmos zerar esse índice", avalia a diretora operacional do hospital, Lívia Leite.

A redução foi verificada na comparação de 2021, antes do início do projeto naquele ano, com os anos de 2022 e 2023. Dentre as principais causas de mortalidade direta estão: hemorragia pós-parto grave, pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia, sepse/infecção sistêmica grave, complicações graves do abortamento e critérios near miss (disfunções graves em geral).

O projeto foi iniciado em agosto de 2021 e encerrado em 2023. Contudo, a maternidade do HEC mantém ações permanentes de aprimoramento na qualidade do cuidado oferecido tanto às gestantes quanto às puérperas; e os processos de melhoria implementados pelo projeto, bem como a coleta de indicadores, permanecem incorporados ao serviço.

Como parte dessas ações contínuas, o hospital realizou, na segunda-feira, 27, um treinamento em emergência obstétrica na prevenção da mortalidade materna. Voltado para a equipe de enfermagem, a oportunidade serviu para atualizar conhecimentos, praticar habilidades e fortalecer a capacidade de trabalho em equipe em situações de alta pressão.

"Em uma maternidade de alto risco, a capacitação constante da equipe de enfermagem é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes. As emergências obstétricas são eventos críticos que exigem respostas rápidas e também eficazes. Esses treinamentos não só melhoram o reconhecimento precoce e a intervenção adequada, mas também salvam vidas.", pontua a coordenadora da maternidade do HEC, enfermeira Larissa Paiva.

No evento, os profissionais aprimoraram, de forma teórica e prática, saberes sobre crises hipertensivas na gestação e no puerpério, hemorragia puerperal e procedimentos para reanimação cardiopulmonar na gestante. "Os profissionais estão mais preparados para identificar sinais de complicações, mais preparados para implementar e utilizar protocolos de emergência, e também para oferecer suporte emocional e físico às pacientes e suas famílias", completa a coordenadora.

"Neste Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, nós reafirmamos a nossa dedicação em melhorar desfechos obstétricos através da educação e da capacitação. Juntos, podemos fazer diferença na vida de inúmeras mulheres e famílias e garantir que cada gestação e parto ocorram da maneira mais segura possível", conclui.

Serviço

A maternidade, apta a realizar partos de alto risco, o Banco de Leite Humano (BLH) que beneficia mais de 700 bebês recém-nascidos por ano, e a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) compõem a estrutura de ponta do hospital, totalmente integrado e resolutivo na atenção a bebês, crianças e famílias.

Referência na média e alta complexidades obstétricas e pediátricas, o Hospital Estadual da Criança é o primeiro hospital de Feira de Santana a conquistar a acreditação Nível 1 | ONA, um selo da Organização Nacional de Acreditação que avalia e atesta os rígidos protocolos de segurança e de qualidade, visando sempre o melhor atendimento aos pacientes e acompanhantes.