No universo dos cuidados com a saúde, a asma é uma condição que afeta mais de 20 milhões de brasileiros, causando inflamação nos brônquios e impactando a respiração. Diante desse cenário, surge a pergunta: existem exercícios físicos proibidos para quem convive com a asma? A Dra. Úrsula Neves explora essa questão crucial em um guia abrangente que desvenda mitos e oferece conselhos valiosos.

Atenção às demandas respiratórias

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a prática regular de exercícios é parte integrante do tratamento da asma. Contudo, a Dra. Úrsula questiona se existem exercícios físicos que podem ser desaconselhados, considerando o risco de desencadear crises asmáticas.

"Não existem exercícícios proibidos para pacientes asmáticos. No entanto, exercícios de maior impacto podem desencadear crises, dependendo do paciente. A medicação inalatória antes dos treinos é uma medida preventiva eficaz para evitar broncoespasmos e melhorar o desempenho no exercício", esclarece o médico pneumologista Guilherme das Posses Bridi.

Escolhas conscientes para evitar gatilhos

Enquanto qualquer atividade física é bem-vinda, a Dra. Úrsula destaca a importância de escolher atividades com cuidado, especialmente para evitar alérgenos que possam desencadear crises de asma. Exemplos incluem a natação em piscinas salinizadas para evitar o cloro irritante e cuidados específicos para praticantes de lutas e yoga.

"O cloro das piscinas pode ser um gatilho para crises asmáticas. Pacientes asmáticos devem evitar exposições a alérgenos, como ácaros em tatames. A escolha de ambientes ao ar livre e a atenção à limpeza são fundamentais", enfatiza o pneumologista.

Exercícios recomendados e benefícios

Apesar dos desafios, o especialista destaca que qualquer atividade física é benéfica para o controle da asma. Exercícios aeróbicos, treinos de endurance e fortalecimento muscular contribuem para a resistência, redução de sintomas e melhoria da função pulmonar.

"Os exercícios físicos são aliados no controle da asma. Independente da escolha do paciente, as atividades aumentam a resistência, prevenindo exacerbações e melhorando a qualidade de vida", conclui o Dr. Guilherme Bridi.