Um relatório recente revelou que o Brasil lidera os deslocamentos internos causados por desastres nas Américas, com mais de um terço dos casos na região afetando 745 mil pessoas em 2023. O país enfrentou condições extremas, incluindo chuvas intensas devido ao fenômeno La Niña, que resultaram em enchentes e deslocamentos em estados como Acre, Amazonas e Pará, além do Maranhão no Nordeste.

Os impactos climáticos não se limitaram ao Brasil: Colômbia, Peru e Chile também registraram aumentos significativos de deslocamentos devido a enchentes. O estudo ressalta que a transição para El Niño trouxe condições mais secas para algumas regiões, deslocando padrões de chuva para o sul em direção a países como Argentina, Chile e Uruguai.

Crescimento Alarmante de Deslocamentos Globais

Globalmente, o relatório destaca um número recorde de 75,9 milhões de pessoas vivendo em situação de deslocamento interno até o final de 2023, com quase 47 milhões de novos deslocamentos registrados ao longo do ano. Os desastres naturais, como ciclones e terremotos, contribuíram significativamente para esses números, com a frequência desses eventos esperada para aumentar devido às mudanças climáticas.

Desafios e Necessidades Futuras

Apesar das tendências preocupantes, o relatório enfatiza a importância de melhorar a prevenção de desastres e a gestão de conflitos para evitar futuros deslocamentos. A comunidade internacional é instada a fornecer dados mais abrangentes para entender e abordar efetivamente os desafios de deslocamento interno em meio a cenários de conflitos e desastres naturais. Este estudo serve como uma ferramenta crucial para orientar políticas e ações humanitárias visando resolver deslocamentos existentes e se preparar para desafios futuros.