Brasil comemora dois anos sem casos de sarampo
País se aproxima da recertificação como área livre da doença
O Brasil celebra nesta quarta-feira (5) um marco significativo: dois anos sem registros autóctones de sarampo. Esta conquista coloca o país perto de retomar o status de 'país livre de sarampo', um título que havia sido conferido em 2016. Após enfrentar um surto em 2018, motivado por fluxos migratórios e baixas coberturas vacinais, o Brasil conseguiu reduzir drasticamente os casos da doença, atingindo um mínimo histórico de 41 casos em 2022. O último episódio de sarampo foi registrado em 5 de junho de 2022, no estado do Amapá.
Em maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para avaliar o processo de recertificação. A missão visa garantir a eliminação sustentável do sarampo, rubéola e da síndrome da rubéola congênita. Esta avaliação é crucial, especialmente em um contexto global onde a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para um aumento alarmante de casos na Europa, com mais de 58 mil infecções em 2023.
Para manter-se livre do sarampo, o Brasil precisa atingir coberturas vacinais de, no mínimo, 95%, conforme destacou Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ele ressaltou que a continuidade do microplanejamento, que em 2023 destinou R$ 151 milhões a estados e municípios, é vital para garantir que a vacinação alcance toda a população, reforçando a proteção coletiva contra possíveis casos importados da doença.
A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é uma das principais ferramentas nesta luta. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é aplicada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. A cobertura da primeira dose aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023, mostrando o avanço na adesão à vacinação, essencial para manter o país seguro e livre dessas doenças infecciosas.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.