A relação entre alimentação e dor é mais profunda do que muitos imaginam. Estudos indicam que certos alimentos podem tanto desencadear quanto aliviar a dor. Uma dieta rica em alimentos naturais e pobre em industrializados evita a inflamação, um dos principais fatores que levam à dor crônica. Investir em alimentos in natura e evitar os ultraprocessados é essencial para uma vida saudável e com menos dores.

A médica intervencionista em dor, Amelie Falconi, destaca que "a alimentação pode impactar diretamente na dor, influenciando a fadiga, sono, constipação e saúde mental". Alimentos ricos em vitaminas e minerais ajudam a prevenir processos inflamatórios, fundamentais na prevenção de dores crônicas. Por exemplo, a vitamina D e a vitamina B12 são cruciais para a saúde dos nervos, enquanto minerais como magnésio e cálcio regulam a dor e a transmissão nervosa.

O intestino, considerado o segundo cérebro, desempenha um papel vital no controle da dor. Um intestino saudável permite uma absorção adequada de nutrientes essenciais e regula a inflamação, evitando dores recorrentes. Dan Linetzky Waitzberg, professor de gastroenterologia, explica que uma dieta desequilibrada pode levar à disbiose, aumentando a permeabilidade intestinal e a inflamação, o que impacta diretamente na saúde e na dor.

Por fim, é importante lembrar que certos alimentos, como gorduras saturadas, açúcares refinados e alimentos processados, podem exacerbar a dor devido às suas propriedades pró-inflamatórias. Em contrapartida, alimentos como frutas, vegetais, peixes ricos em ômega-3, nozes e sementes ajudam a reduzir a inflamação e a dor. Incorporar esses alimentos na dieta pode fornecer os nutrientes necessários para combater a inflamação e aliviar a dor de forma natural.