Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pediu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebesse no início deste ano um empresário suspeito de fraudar licitações da corporação. O empresário em questão é Maurício Junot de Maria, representante da Combat Armor Defense do Brasil.

O ex-chefe da PRF enviou um WhatsApp ao ex-mandatário afirmando que Junot gostaria de "dar um abraço" em Bolsonaro que, naquela época, passava uma temporada nos Estados Unidos. A empresa americana foi contratada na antiga gestão para fornecer veículos blindados ao órgão federal. O negócio, que rendeu mais de R$ 30 milhões para a companhia entre 2020 e 2021, é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF).

As informações foram obtidas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que obteve acesso ao print da tela do celular de Vasques, a partir de uma quebra de sigilo telemático.

"Bom dia Presidente, o Senhor Maurício da Combat Armor Defense liga diariamente. Ele quer dar um abraço no Senhor. Sempre muito preocupado com sua segurança. Perguntou se possível recebê-lo por breves minutos no dia 03/02 em Miami, na data que ocorrerá o evento Power Of the people".

Silvinei Vasques ainda acrescentou: "Ele é um grande líder empresarial e Mórmon no Brasil e nos EUA". O print não mostra a resposta do ex-presidente.