Apesar do PT ter ganhado nas últimas eleições estaduais, o senador Jaques Wagner (PT) considerou o resultado em prol do governador Jerônimo Rodrigues (PT) como um "susto" e relembrou que o triunfo do grupo só se consolidou nas três grandes cidades eleitorais baianas, o que pode impactar nas eleições municipais que acontece em 2024. A declaração foi dada durante o programa Bom dia com Mário Kertész, na Rádio Metrópole.

"A última eleição foi um susto ou um aviso. Das 20 maiores [cidades], nós ganhamos duas ou três cidades grandes. Isso chamou a atenção. Creio que Jerônimo e a equipe dele estão mergulhando mais nesse assunto para entender o que aconteceu. Se perdesse o Jerônimo e o Lula, eu diria que era anti-petismo. Só que não foi isso que aconteceu. O Lula ganhou e nós aqui na Bahia, como grupo, perdemos nessas cidades. Não dá para dizer que é antipetismo. Se fosse antipetismo, não votaria em Lula", analisou.

Durante a conversa, o congressista aproveitou para alfinetar o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmando que o grupo perdeu nesses colégios eleitorais por "não fazer política".

"Por que aconteceu isso? Eu não tenho uma explicação razoável. Faltou política nas grandes cidades? Às vezes, tem esse problema. Não é só a obra, porque a gente não é só gerente. Quem se elege governador é um líder político do estado. Na minha opinião, não dá para ser gerente. Tem que ser líder político", disse o senador.

Na oportunidade, o líder do PT no Senado voltou a cobrar celeridade no processo de escolha para o nome que representará a base do grupo em Salvador para enfrentar o candidato natural à reeleição, Bruno Reis (UB). Wagner afirmou que a decisão segue "atrasada".

"Nós vamos ter candidato em Salvador. Não tenho dúvida. Espero que afunile. Acho que é melhor entrar com uma chapa para todas as energias estarem gasta nela", ressaltou.