Senador é criticado por governistas após defender projeto que privatiza praias

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Senador é criticado por governistas após defender projeto que privatiza praias

Flávio Bolsonaro, relator da matéria no Senado, se manifestou favorável à aprovação.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Após defender o projeto que pode retirar o domínio da União sobre os chamados "terrenos de marinha" — áreas da costa marítima com 33 metros contados a partir do mar em direção ao continente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi duramente criticado pela base do governo Lula.

O parlamentar, relator da matéria no Senado, se manifestou favorável à aprovação, o que desagradou apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua conta no Twitter, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) citou Flávio em uma postagem onde afirmou que os defensores da ideia estão "ignorando os problemas ambientais e os danos às comunidades tradicionais que isso pode causar".

O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, disse que a proposta é "inaceitável" e que querem "transformar um bem público em propriedade privada". "Além do absurdo que é cogitar transformar um bem público de uso comum do povo em uma propriedade privada, a privatização das praias é um passo largo para a destruição ambiental nas áreas. É inaceitável!", escreveu.

Os senadores do Partido dos Trabalhadores também se uniram para criar uma frente contra a proposta. Nomes como Rogério Carvalho, Fabiano Contarato e Teresa Leitão gravaram vídeos explicando duas críticas ao projeto. A deputada Fernanda Melchionna lembrou a tragédia das chuvas do Rio Grande do Sul ao comentar a relatoria de Flávio Bolsonaro na PEC.

O senador comentou as críticas em suas redes. Segundo ele, a afirmação de que a PEC quer "privatizar as praias" do país se tratar de uma fake news. "A PEC dos terrenos de marinha NÃO trata de praia ou trechos de areia! Falar em "privatização das praias" é FAKE NEWS! PEC trata apenas de áreas já ocupadas. Estou à disposição para restabelecer a verdade", escreveu Flávio Bolsonaro.

 

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Sábado, 30 Novembro 2024

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