Seis parlamentares do PT aparecem na lista do orçamento secreto
Três senadores e três deputados do partido foram identificados
Três deputados e três senadores do PT declaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter indicado verbas das chamas emenda de relator, segundo o Jornal O GLOBO. O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou no debate de domingo (16) que tem uma lista de 13 parlamentares do partido contemplados com recursos do orçamento secreto.
No final do ano passado, a ministra do STF, Rosa Weber determinou que o Congresso apresentasse os nomes de todos os agraciados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), compilou as informações prestadas pelos próprios parlamentares e as enviou ao tribunal.
No material disponível no Judiciário, constam os nomes de seis petistas identificados pela reportagem do Jornal O GLOBO. Eles informaram ter indicado um total de R$ 62,1 milhões do orçamento secreto nos anos de 2020 e 2021, no entanto, como não há transparência sobre os repasses, não é possível atestar quanto foi efetivamente pago.
Dentre os senadores estão Fabiano Contarato (PT-ES), Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho, de Sergipe. Já os deputados são Flávio Nogueira (PT-PI), Leonardo Monteiro (PT-MG) e Paulo Guedes, também de Minas Gerais.
Procurados pela reportagem, apenas Humberto Costa, Contarato e Paulo Guedes se manifestaram. A assessoria do pernambucano disse que, do total indicado pelo senador, apenas R$ 3,4 milhões, da área da Saúde, foram efetivamente pagos. Os demais R$ 12 milhões, indicados por meio do MDR, não teriam sido empenhados pelo governo.
Guedes confirmou, por telefone, que indicou os recursos, mas negou que tenha solicitado emenda de relator ao governo.
Já Contarato afirmou que não tinha conhecimento de que se tratava de 'emenda de relator'. Ele destacou que o valor foi "destinado integralmente à Saúde no Espírito Santo durante o período de calamidade pública da pandemia, via Fundo Estadual de Saúde do governo do Estado, para socorrer a população capixaba por meio de ações de combate à emergência sanitária da Covid-19". Segundo ele, do total de R$ 20 milhões, apenas R$ 1 milhão não foi pago.
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