Durante o lançamento do Projeto-piloto Ecológico com entrega de ônibus elétricos para atender a população da Região Metropolitana de Salvador (RMS), na manhã desta segunda-feira (5), em Lauro de Freitas, o governador Rui Costa (PT) voltou a criticar a gestão da prefeitura de Salvador, sobretudo em relação ao transporte público da capital baiana.

Durante o discurso, o petista lembrou que se ofereceu publicamente para assumir "integralmente" os corredores de transporte de Salvador às custas do governo do Estado. Segundo ele, Bruno Reis (União Brasil) havia aceitado, mas recebeu uma "contra ordem" de alguém e voltou atrás no acordo.

"A prefeitura tinha aceitado, depois recebeu uma contra ordem não sei de quem, não me perguntem que eu não sei quem que está mandando, mas o prefeito tinha me dito que toparia e depois mudou de ideia, voltou atrás e disse que não mais passaria o serviço. A intenção era adotar esse mesmo padrão nos corredores (de Salvador). Lá dá para usar o ônibus articulado, que é o dobro desse tamanho", disse.

Segundo o governador, ele pretendia assumir os corredores das avenidas 29 de março, Orlando Gomes, Pinto de Aguiar e Gal Costa, onde os ônibus "sanfonados" teriam espaço suficiente para manobrar.

Ainda durante a agenda, o petista voltou a criticar o sistema de transporte público de Salvador, ao qual classificou de "sistema caça-níquel". "A lógica não é de concorrer uma com outra empresa como infelizmente é o sistema de Salvador. Eu conheço Salvador. Já fui vereador. Fiz pessoalmente, junto com os técnicos, a proposta de reestruturação do sistema, que também o prefeito disse que ia aceitar e depois recuou. Hoje, infelizmente, o ônibus sai batendo lata, catando níquel, e levando duas horas pra fazer lá da Liberdade até o aeroporto. É algo absolutamente impressionante a capacidade de perder dinheiro e ineficiência de um serviço desse", afirmou Rui.

"Você rodar Salvador inteira em quase três horas de viagem, dependendo do horário, para vim num sentido só. Ou seja, queimando o combustível, gastando horas de motoristas e gastando o equipamento. As linhas têm que ser pensadas para atender mais rápido e de forma mais confortável a população", acrescentou o governador.