Policiais vão atuar como voluntários na segurança de Lula no 2 de Julho
Medida se dá por conta de ameaças de bolsonaristas ao ex-presidente
Com a confirmação da participação do ex-presidente nas comemorações do 2 de Julho em Salvador, a Coordenação Estadual do Setorial de Segurança Pública do PT Bahia anunciou que policiais irão atuar de forma voluntária na segurança do pré-candidato à presidência durante o evento.
"Policiais civis, militares, federais, penais, rodoviários e peritos técnicos que atualmente integram o Setorial petista e policiais que são filiados a outros partidos de esquerda como o PSB, PSD, PV e REDE irão acompanhar a vinda do ex-presidente Lula à Bahia", informou a coordenação, por meio de nota.
Segundo o setorial, o grupo será representado pelo presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado da Bahia (Sindipol Bahia), José Mário; o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Reivon Pimentel e o Diretor Ramon Carvalhal; além dos policiais Roberto José, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e Jadilson Ferreira, do PV Bahia.
O coordenador do setorial do PT Bahia, Agrimaldo Souza, afirmou que a medida se dá por conta de ameaças feitas por bolsonaristas a Lula. "Tivemos a necessidade de reforçar a segurança. Policiais de todas as Forças de Segurança, filiados e militantes do Partido dos Trabalhadores de todos os estados, que integram os Setoriais Estaduais de Segurança Pública do partido, foram chamados pela Coordenação Nacional do Setorial para que passassem a atuar como voluntários na segurança e proteção do ex-presidente Lula, nosso pré-candidato à presidência do Brasil", declarou.
Diante do apoio das forças de segurança, Agrimaldo minimizou o desgaste com a classe, após fala do ex-presidente ao fazer distinção entre "policial" e "gente", ao afirmar que "o presidente Jair Bolsonaro (PL) não gosta de gente, apenas de polícia". "Reagimos com perplexidade e surpresa! Somos militantes e exercemos nossa função complexa e árdua enquanto trabalhadores. Mas para nós militantes, profissionais da Segurança Pública, o mais importante foi o pedido de desculpas do Lula e o reconhecimento da necessidade de caminhar e ouvir o quê os trabalhadores da base têm a dizer, abrindo, desde então, espaço para o diálogo, que irá possibilitar a construção de uma Segurança Pública diferente da que existe hoje. A sociedade clama e merece uma Segurança Pública que proteja sem tirar vidas", justificou.
Agrimaldo Souza informou ainda que o General Dias, responsável pela equipe que faz a segurança pessoal de Lula, já está em Salvador e vai se reunir previamente com o setorial baiano.
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