Profissionais da Abin defendem confiabilidade das urnas eletrônicas
A Intelis se soma a delegados da PF, magistrados e procuradores
A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) publicou uma nota, nesta quarta-feira (20), em que diz confiar no sistema eleitoral brasileiro. O texto é uma resposta às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) a embaixadores na segunda-feira (18).
A Intelis afirma que "não há qualquer registro de fraude nas urnas eletrônicas desde a implantação do atual sistema, há 26 anos". A associação ainda defende o compromisso com o Estado Democrático de Direito, a Constituição e o "respeito irrestrito" aos direitos dos cidadãos.
O posicionamento se soma ao de outras categorias que repudiaram as declarações golpistas de Bolsonaro contra a lisura das eleições. Peritos e delegados da Polícia Federal, magistrados e procuradores de todo o país se colocaram em defesa das urnas eletrônicas.
Segundo a Intelis, os profissionais de inteligência têm "prestado apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral no fornecimento e implementação de sistemas e dispositivos criptográficos, que contribuem para a autenticidade, confidencialidade e inviolabilidade dos programas e dados das urnas utilizadas no país".
A associação afirma que os sistemas desenvolvidos e aperfeiçoados pelos servidores "fazem parte do ecossistema complexo de barreiras que têm resistido com sucesso às diversas tentativas de ataques executadas durante testes públicos de segurança da plataforma, como reconhece publicamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)".
"Como servidores públicos de um órgão de Estado essencial à proteção e à projeção dos interesses estratégicos da nação, reforçamos nosso compromisso com o Estado Democrático de Direito, a Constituição da República e o respeito irrestrito e inegociável aos direitos e garantias dos cidadãos", disse a Intelis.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.