Presidente da Câmara acusa e secretário de Saúde se explica
Fernando Torres disse que Marcelo Britto tem uma empresa que prestou serviços à UPA
O edil continuou: "Estou com as notas fiscais em minhas mãos. Vamos a todos os órgãos de fiscalização e controle, como Ministério Público Federal, TCM e Polícia Federal, e vamos criar uma comissão aqui na Casa para investigar isso. O secretário de saúde do município prestou serviços à Prefeitura de Feira através dessa empresa no valor de R$200 mil por mês, durante dois meses. A GSM está situada na Avenida Getúlio Vargas, mais precisamente no HTO (Hospital de Traumatologia e Ortopedia)".
O presidente da Câmara Municipal informou ainda que essa denúncia deixa claro que a prestação de serviços foi uma forma de desviar dinheiro da saúde de Feira de Santana. "Agora iremos investigar isso; iremos a todos os órgãos que possam ajudar a Câmara a desvendar essa quadrilha que está aí na Prefeitura. Essa denúncia é indefensável, tanto que nenhum vereador da base do governo se manifestou", pontuou.
Apartes
Em apartes, o vereador Jhonatas Monteiro disse que "Se essa denúncia for comprovada, o prefeito nem precisa explicara situação, porque está claro que é ilegal". Já Edvaldo Lima (MDB) sugeriu que, diante da gravidade do assunto, o secretário Marcelo Brito, "seja afastado imediatamente da Secretaria Municipal de Saúde", contou. Torres continuou: "o prefeito Colbert Martins também deve estar envolvido na situação e por isso, não irá afastar o secretário do cargo".
O vereador Paulão foi enfático: "Do jeito que mostram os documentos, é uma organização criminosa, isso aí é a bomba do ano, eu tenho certeza que a polícia e o ministério público vão ter que entrar porque isso aí é um escândalo criminoso", disse. Eremita também aparteou: "Há rumores de bastidores que toda a equipe é desse secretário, ele não quis ninguém ligado a prefeitura, nem as cooperativas, ele levou toda estrutura do HTO para o gabinete dele".
Resposta
Em entrevistas aos programas Levante a Voz, e o programa Rotativo News. O secretário explicou a Luis Santos: "A nota fiscal diz que foi uma prestação de serviço. Eu tenho uma empresa, sou médico, não sou secretário de saúde, estou secretário", salientou e continua a explanação: "Minha nomeação como secretário se deu em 12 de março de 2021. Se fiz uma prestação de serviço em 2020 significa que eu não era secretário, já que me tornei secretário em março de 2021", informou. Marcelo Britto disse ainda que entende os debates políticos, mas que sempre deixou claro ao prefeito Colbert Martins que não se envolveria em questões políticas.
No Rotativo News, o secretário explicou a Joilton Freitas que não seria correto se fizesse alguma ação com uma empresa dele ou de familiar, durante o período de nomeação na secretaria de saúde, antes de ser convidado pelo prefeito para assumir o cargo, jamais tinha pensado na possibilidade, e lembrou que foi convocado pela Câmara, para que dentro desses 15 dias, falasse sobre os postos de saúde do município, e que irá com todo o prazer, e que é bom esse debate dentro da Câmara porque estará presente toda a imprensa, e pontuou: "É bom lembrar, que vereador não tem imunidade parlamentar", fechou.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.