Parlamentares estudam chamar esposa de Mauro Cid, caso ele fique calado em CPMI
Tenente-coronel conquistou na Justiça o direito de não responder às indagações
Os parlamentares governistas integrantes da CPMI do 8 de Janeiro estabeleceram uma estratégia para evitar que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, preso, se recuse a responder perguntas durante seu depoimento à comissão na próxima terça-feira (11). Cid conseguiu, no STF, o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo. A informação é da coluna Guilherme Amado, do site Metrópoles.
Durante a sessão, deputados e senadores aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planejam informar a Cid que solicitarão a convocação de sua esposa, Gabriela Cid, caso ele se recuse a responder às indagações da comissão. Cid nunca fez declarações públicas. Tanto Mauro quanto Gabriela estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) por suposta manipulação de dados de vacinação contra a Covid-19.
Os dois também estão sendo investigados pela PF devido a alegações de participação em uma suposta conspiração golpista ocorrida em 8 de janeiro, quando houve invasões às sedes dos Três Poderes. Em mensagens, Gabriela Cid teria incentivado atos golpistas em frente a quartéis, declarando: "Não estamos mais brincando. Muitas pessoas!!!!! Junte-se a nós nessa guerra".
Caso a CPMI decida de fato convocar Gabriela Cid, o processo poderá ocorrer de forma ágil, uma vez que o pedido de convocação já foi protocolado há um mês pela ala governista do colegiado, quando as mensagens com conteúdo golpista vieram a público.
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