Moraes manda PF ouvir delegado que pediu ‘pelo amor de Deus’ para depor no caso Marielle
Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos articuladores do plano de atentado contra a vereadora Marielle
O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, será ouvido na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos articuladores do plano de atentado. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) tome seu depoimento.
A pedido do delegado, Moraes deu cinco dias para a PF tomar o depoimento. Rivaldo pediu, "pelo amor de Deus", para ser ouvido no inquérito. A mensagem foi escrita em uma notificação judicial que ele recebeu do STF.
Em nota, o advogado Felipe Dalleprane, que representa o delegado, afirmou que a decisão é um "grande alento". "Reflete a retomada do processo à legalidade e constitucionalidade."
A defesa temia que o STF analisasse a denúncia antes de ouvir o delegado. Os advogados de Rivaldo alegam que as acusações são baseadas exclusivamente na palavra do atirador Ronnie Lessa, que fechou delação premiada.
O delegado está preso preventivamente desde março, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Murder Inc, que revelou as suspeitas sobre os mandantes do assassinato da vereadora, cinco anos após o crime.
Rivaldo é suspeito de ajudar a montar o plano para matar Marielle e de usar o cargo para obstruir as investigações sobre a morte da vereadora.
A defesa pede que ele responda ao processo em liberdade. Os advogados alegam que o delegado tem bons antecedentes e não oferece risco à ordem pública.
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