Na última semana, Marcos do Val (Podemos-ES) denunciou um plano de Jair Bolsonaro (PL) para grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O portal Brazilian Report reproduziu um áudio no qual o hacker Walter Delgatti Neto confessa ter trabalhado para a deputada Carla Zambelli (PL), com o intuito de usar o chip do celular do ministro para "buscar todos os seus podres".

Segundo o portal, o hacker tinha procurado o veículo de comunicação há cerca de um mês antes da diplomação de Lula, por meio do Twitter. Delgatti teria sido convidado para uma parceria, com a oferta de R$ 10 mil, para grampear Moraes.

"Nos áudios trocados via Telegram e enviados à reportagem, os dois hackers combinam que o pagamento pelo serviço não poderia ser feito por PIX, mas com bitcoin ou mesmo dinheiro vivo. As duas opções são mais difíceis de rastrear", diz um trecho do texto escrito pelos jornalistas Amanda Audi, Gustavo Ribeiro, Euan Marshall e Ana Ferraz.

Delgatti devia subornar um funcionário da TIM, rede de telefonia, para duplicação do chip, o qual teria rejeitado a participação. Assim, o plano não prosseguiu.

Ao Brazilian Report, Delgatti confirmou que o áudio era seu, Contudo, o hacker não atestou a atuação de Jair Bolsonaro ou Zambelli no plano.

Apesar de não confirmar a participação da deputada, Delgatti revelou ter trabalhado com Zambelli cuidando das redes sociais da parlamentar e recebeu o salário de R$ 6 mil por mês.