Enfermeira citada no registro de vacina de Jair Bolsonaro nega aplicação
Técnica de enfermagem teve nome utilizado no esquema desvendado pela PF
A técnica de enfermagem, Silvana de Oliveira, que teve seu nome citado nas investigações da Operação Verine da PF que revelou esquema de fraudes em cartões de vacina ligados ao ex-presidente Bolsonaro (PL), sua família e assessores, se manifestou com surpresa nesta quarta-feira (3) sobre o seu nome ter sido vinculado ao caso.
De acordo com informações do relatório da Polícia Federal, a enfermeira Silvana foi a profissional que "aplicou" a segunda dose da vacina da Pfizer em Bolsonaro no dia 14 de outubro de 2022, segundo indica o registro falso inserido no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro e apagado seis dias depois.
"Não apliquei vacina nele. Sou realmente técnica de enfermagem e já apliquei bastante vacina, mas nele, não", disse Silvana ao GLOBO.
A técnica de enfermagem disse ainda que, em outubro do ano passado, trabalhava na emergência da UPH Pilar, na cidade de Duque de Caxias, e não no Centro Municipal de Saúde, onde o registro apontava que Bolsonaro havia sido vacinado. Silvana aponta que seu nome foi usado sem seu conhecimento no suposto esquema de fraude investigado pela PF.
A operação Verine da PF descobriu que registros de vacinação do ex-presidente e de sua filha caçula, Laura, foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro de 2022 e apagados no dia 27 sob a justificativa de "erro".
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