A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), quer votar já nesta terça-feira (22) um novo pedido de convocação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid. O ajudante de ordem do ex-presidente, que ficou em silêncio em sua primeira oitiva, no dia 14 de julho, é a principal convocação e, nos corredores palacianos, os comentários são de que a base do governo Lula está animada com um novo depoimento após o militar trocar de advogado

Aliados atestam que a relatora levará para a reunião com o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), uma lista de prioridades para entrar na pauta da sessão deliberativa do colegiado desta terça, marcada para as 9h.

E não para por aí. A intenção é fechar o cerco. Eliziane pedirá, por exemplo, conforme a coluna de Paulo Gadelha, do Metrópoles, uma série de requerimentos de quebras de sigilo telemáticos e bancários de aliados próximos de Bolsonaro para apreciação, incluindo dois generais do Exército: Lourena Cid, pai de Mauro Cid, e Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa.

A pessedista também colocou como prioridade o pedido de quebra de sigilo do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, protocolado pela própria senadora nessa segunda-feira (21).

No rol das solicitações estará ainda a tentativa de incluir na lista de requerimentos votados a quebra do sigilo da deputada Carla Zambelli (PL-SP), responsável por levar o hacker Walter Delgatti, para conversar com Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Delgatti foi condenado a 20 anos de prisão na Operação Spoofing, deflagrada em 2019 para investigar as invasões de contas do Telegram que resultaram na Vaza-Jato.