Condenada pela Justiça, ex-prefeita de Ibititá se torna inelegível

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Condenada pela Justiça, ex-prefeita de Ibititá se torna inelegível

Ação do Ministério Público comprovou abuso de poder econômico, contratação irregular e coação de servidores por parte da ex-prefeita.

Foto: Divulgação

Em sentença proferida, nesta terça (08), o juiz eleitoral João Paulo da Silva Bezerra determinou a cassação dos registros de Nilva Barreto do Santos e Raul Bastos Machado Neto nas Eleições 2024, assim como declarou a INELEGIBILIDADE da ex-prefeita de Ibititá por 8 (oito) anos. À época, Nilvinha, como é conhecida, era candidata à reeleição. Mas, antes do pleito, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) deu início a uma ação de investigação judicial levando em conta que, em abril daquele ano, o município promoveu a contratação de pessoal "com valor global de R$ 9.749.400,00 (nove milhões, setecentos e quarenta e nove mil e quatrocentos reais), viabilizando a admissão, mediante terceirização, de grande quantidade de eleitores locais".


Na avaliação do MP-BA, a estratégia da prefeita "buscou vincular economicamente o maior número possível de pessoas (...) Em conduta compatível com o abuso de poder político e econômico". Além de promover o inchaço da máquina pública, a gestão "passou a assediar os trabalhadores contratados de modo precário, condicionando a manutenção no emprego ao voto/apoio à chapa majoritária composta por Nilva e Raul". Como se não fosse o bastante, numa tentativa desesperada de encobrir os rastros dos crimes, a Prefeitura de Ibititá "passou a omitir das plataformas de transparência informações relativas às despesas com pessoal, relação de servidores e demais dados úteis ao controle de legalidade dos atos da administração pública".

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Persona non grata


Depois de sumir da cidade por um longo período, Nilvinha voltou a ser vista em locais reservados de Ibititá e Irecê. Entretanto, ao contrário de quando estava no poder, ela não conta mais com o séquito particular de seguidores, nem com apoio político ou qualquer vestígio de prestígio social. Isolada, a ex-prefeita começa a pagar pelas irregularidades e excessos cometidos durante o vacilante mandato. A grande dúvida que paira no pensamento coletivo da comunidade é: como essa decisão afetaria o processo eleitoral se ela tivesse sido publicada antes de 06 de outubro de 2024? A sabedoria popular garante que a Justiça tarda, mas não falha. Ao que tudo indica, é só o começo do carma...

 

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Domingo, 13 Abril 2025

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