Ciro, Moro e Doria reagem ao perdão de Bolsonaro a Daniel Silveira

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Ciro, Moro e Doria reagem ao perdão de Bolsonaro a Daniel Silveira

Apoiadores do presidente se manifestaram favoráveis à medida

Crédito: Divulgação

O indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira nesta quinta-feira (21) é alvo de críticas de prováveis oponentes dele nas eleições deste ano, além de outros políticos.

Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Sergio Moro (União Brasil) se manifestaram sobre o assunto em suas redes sociais.

Ciro chamou a decisão de Bolsonaro de "ato espúrio de favorecimento absurdo e imoral a Daniel Silveira". Ele afirmou que o seu partido entrará, na sexta-feira (22), com uma ação no Supremo Tribunal Federal para tentar anular a medida.

Moro afirma que "o confronto entre o presidente e o STF é preocupante". "Quem perde é o país pela instabilidade", complementa o ex-juiz e ex-ministro.

Mas ele pondera que "não há como ignorar graves erros de parte a parte: seja em ameaças ao STF de um lado ou em julgados que abriram caminho para a impunidade da corrupção".

O tucano publicou mensagem dizendo que se ele for eleito presidente "não haverá indulto a condenados pela Justiça".

"Também vou acabar com a "saidinha de presos". A sociedade não aguenta mais a impunidade", escreveu o ex-governador paulista.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) chamou o presidente da República de "golpista que atenta contra os poderes o tempo todo".

Ele diz que vai recorrer à Justiça para reverter o indulto de Bolsonaro e também cobra manifestação dos presiden do Senado e da Câmara dos Deputados.

"O indulto beneficiando Daniel Silveira é afronta ao STF e claramente inconstitucional. Entrarei com medida judicial ainda hoje contra o decreto ilegal.O fascismo não passará. O Congresso precisa se manifestar", postou ele em sua rede social.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), líder da bancada do seu partido na Câmara, é outra parlamentar que vai tentar anular o perdão a Silveira. Ela afirmou que irá apresentar um projeto de decreto legislativo com esse objetivo e que também vai recorrer ao Supremo.

"Ele [Bolsonaro] aparelha as instituições para defender seus aliados criminosos e estimula o enfrentamento e polarização de sua base contra o STF", escreveu a deputada.

Por outro lado, apoiadores do presidente se manifestaram favoráveis à medida tomada pelo chefe do Executivo.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou o feito do pai. "Quem diria que um militar daria aula de Estado Democrático de Direito", postou ele em sua conta no Twitter.
"Cabeça dos idiotas úteis da esquerda buga", emendou ele.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) viu a decisão do presidente como um "momento histórico para todo aquele que, comos nós, "acredita que o país pode voltar a ter democracia após a decisão de ontem do STF"

O deputado Marco Feliciano (PL-SP) comparou a situação a um jogo de futebol e chamou Bolsonaro de "artilheiro" e "autor de um gol olímpico". 

 

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Segunda, 23 Dezembro 2024

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