Antes de chegar aos estúdios da Rede Globo, na noite desta quinta-feira (29), para participar do debate entre candidatos a presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a uma repórter que esperava apenas "imparcialidade" da emissora no encontro. Ao longo do debate, o chefe do Executivo se mostrou bastante insatisfeito com as decisões da produção durante o evento, sobretudo quando teve alguns dos direitos de resposta negados.

No total, foram dez direitos de respostas —Bolsonaro e Lula tiveram quatro, cada um; Kelmon e Soraya, um, cada um.

Em um 'embate' amigável com o candidato Padre Kelmon, Bolsonaro disse que acabou com a mamata da Globo. "Nós não podemos voltar a esse estado de coisa que aconteceu há pouco tempo aqui no Brasil, onde a roubalheira imperava e eu acabei com a mamata. Em especial, da grande mídia, a Rede Globo. Foi uma que acabei com a mamata com eles e bem como botei um fim nos abusos da Lei Rouanet", disse o presidente durante o encontro.

Na manhã desta sexta-feira (30), Bolsonaro se alongou sobre o assunto por meio das redes sociais. No Twitter, o presidente disse ser "compreensível" que a Rede Globo "torça e trabalhe pela volta do Ladrão".

"Quem é roubado é o povo, não ela, e quem fatura é ela, não o povo. Comigo, gastos com publicidade nesses veículos, que chegavam a bilhões, caíram drasticamente! A preocupação não é com democracia, é com $$", escreveu o mandatário.