A seguradora tem de abater as indenizações, as despesas administrativas e comerciais e os impostos
13/11/2019 Ã s 10:44h
Apesar de os seguros de veículos estarem em crescimento negativo em 2019 – com menos apólices vendidas em comparação ao ano passado –, algumas operadoras estão tendo os melhores balanços de sua história. Muito complexa, a operação de seguro é composta de diferentes variáveis que interferem no resultado do negócio. Para terem lucro, as empresas de seguro devem ter um índice combinado abaixo de cem pontos, que é o prêmio da operadora.
Do total, a seguradora tem de abater as indenizações, as despesas administrativas e comerciais e os impostos. Com um resultado de menos de cem pontos, a operadora ganha, com mais, perde. Em tempos de juros altos, como foi a situação no Brasil até pouco tempo, a realidade fica distorcida, fazendo com que, mesmo com índice acima de cem pontos, a seguradora lucra. Com juros mais baixos, uma combinação de cento e três pontos é suficiente para a companhia pelo menos empatar o balanço. Mas a situação no país acabou equilibrando as coisas em favor das seguradoras.
A queda do número de veículos roubados ou furtados reduziu praticamente em 20% o número de indenizações por perda total do bem. Conforme estudo feito pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a queda acentuada dos roubos e a redução das colisões estão, dependendo da seguradora, compensando com sobra a redução do faturamento em novos negócios. Ou seja, a diminuição no número de veículos roubados e de acidentes acabaram ajudando as operadoras de seguro.