“Passar para 10% de maneira intempestiva põe em risco as contas públicas”, afirmou Guido Mantega
05/07/2012 Ã s 01:16h
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, nessa quarta-feira (04), que o aumento da verba para educação aprovado no Congresso nos últimos dias, que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor, podem "quebrar o Estado brasileiro".
Após 18 meses de tramitação, a Câmara aprovou no final de junho o Plano Nacional de Educação (PNE). A meta de investimento era o ponto mais polêmico. Conforme o texto aprovado, a determinação é que se ampliem os recursos para educação dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10% ao fim de vigência do plano. A proposta agora segue para o Senado.
"Claro que nós somos favoráveis ao aumento de investimento na educação. Hoje ele representa 5,1% do PIB, e vai para 7% conforme o programa que nós aprovamos", explicou Mantega durante seminário promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Agora, passar para 10% de maneira intempestiva põe em risco as contas públicas. Isso vai quebrar o Estado brasileiro, então não vai beneficiar porque depois você vai ter que rever isso e não vai ter recursos pra educação".