Em dezembro de 2024, as vendas do varejo na Bahia avançaram tanto frente a novembro (1,1%), na série livre de influências sazonais (que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como a Black Friday e o Natal), quanto na comparação com dezembro de 2023 (4,3%).

No primeiro caso (+1,1% frente a novembro), a variação representou uma retomada dos resultados positivos, após o recuo registrado na passagem de outubro para novembro (-2,3%). Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em dezembro do ano passado, o comércio varejista baiano mostrou seu 26º aumento nas vendas, com crescimentos seguidos desde novembro de 2022.

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No Brasil como um todo, de novembro para dezembro de 2024, o varejo apresentou leve oscilação negativa (-0,1%), com quedas em 20 das 27 unidades da Federação. A Bahia teve o 6º melhor resultado entre os estados.

No confronto com dezembro de 2023, porém, o comércio varejista nacional registrou crescimento de 2,0% nas vendas, com altas em 22 estados. A Bahia também ficou com o 6º melhor resultado nesse comparativo. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.

Apresentando resultados mensais positivos ao longo de todo o ano passado (frente aos mesmos períodos de 2023), o varejo da Bahia fechou 2024 com uma alta de 7,4% nas vendas. Foi o segundo aumento acumulado consecutivo no estado e o melhor desempenho do comércio baiano, nessa comparação, em 12 anos, desde 2012, quando a taxa de crescimento havia sido de 9,7%.

A Bahia apresentou o 6º maior aumento anual das vendas, dentre os 27 estados, superior ao índice do Brasil como um todo (4,7%). Os maiores índices foram registrados no Amapá (15,5%), Paraíba (11,4%) e Tocantins (9,5%). Em 2024, houve aumento acumulado das vendas do varejo todos os 27 estados.

Em 2024, alta das vendas na Bahia resultou de crescimentos em 5 dos 8 segmentos do varejo e foi puxada pelos supermercados

O resultado positivo do comércio baiano no acumulado no ano de 2024 (7,4%), frente a 2023, foi resultado de aumentos no volume de vendas em cinco dos oito segmentos do varejo restrito – que desconsidera as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos.

Apresentando seu melhor resultado acumulado em 18 anos, as vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 9,9%, com altas em todos os 12 meses de 2024. O aumento anual foi o mais expressivo desde os 14,2% de 2006, e o segmento é o que tem maior peso na estrutura do comércio varejista no estado.

A segunda maior contribuição para o crescimento geral do varejo baiano em 2024 veio dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,3%). Com o segundo maior crescimento, o segmento, que reúne lojas de departamentos e grandes varejistas on-line, apresentou a sua maior alta anual em 10 anos, desde 2014 (quando havia sido de 18,1%).

A maior taxa de crescimento anual na Bahia, porém, veio do segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,4%). Essa atividade tem menos influência no desempenho do varejo em geral, mas apresentou seu maior avanço de vendas em 10 anos (desde 2014, quando havia sido de 16,7%), com altas em todos os 12 meses de 2024.

Os três segmentos do varejo restrito baiano com quedas nas vendas, no acumulado em 2024, foram livros, jornais, revistas e papelaria (-23,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-20,9%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%).

As livrarias/papelarias apresentaram sua segunda queda consecutiva e a mais intensa em 4 anos (desde 2020, quando havia sido de -41,6%). Os materiais para escritório caíram pela primeira vez após três anos seguidos de resultados positivos. Já as vendas de combustíveis tiveram oscilação negativa após dois anos em alta no estado.

No ano de 2024, varejo ampliado na Bahia cresce 6,1%, puxado pela alta nas vendas de veículos (16,7%) e material de construção (14,5%)

Em 2024, as vendas do comércio varejista ampliado na Bahia também apresentaram crescimento na comparação com 2023 (6,1%). Este foi o segundo resultado positivo neste comparativo, com aceleração frente ao registrado entre 2022 e 2023 (2,6%).

O resultado baiano foi somente o 15º melhor entre os estados, mas ficou acima do nacional (4,1%). Dentre as 27 unidades da Federação, 25 tiveram crescimento no volume de vendas do varejo ampliado, em 2024.

O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo ("atacarejos"), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.

O resultado positivo no ano passado, na Bahia, foi puxado pela alta anual das vendas de veículos (16,7%) e de material de construção (14,5%).

A venda de veículos na Bahia voltou a registrar aumento anual após dois anos em queda. Já as vendas de material de construção cresceram pelo segundo ano consecutivo, apresentando, em 2024, o maior resultado entre os 12 estados em que esse segmento é pesquisado, empatado com o Ceará (14,5%).

Por outro lado, o atacado de alimentos apresentou sua segunda queda consecutiva nas vendas em 2024, na Bahia (-10,0%), tendo o 3º pior resultado do país no ano.

De novembro para dezembro de 2024, o varejo ampliado da Bahia registrou crescimento nas vendas (1,9%), na série com ajuste sazonal. Este foi o segundo melhor resultado do país no mês, abaixo apenas do Distrito Federal (3,1%). Nacionalmente, houve queda (-1,1%).

Na comparação dezembro 24/ dezembro 23, o estado também teve resultado positivo (1,9%), em um índice levemente superior ao do Brasil como um todo (1,4%).