Produção industrial baiana cresce 0,5% em junho de 2023, diz IBGE
Resultado teve queda de -3,6% em comparação com mesmo período em 2022
A produção industrial da Bahia teve pequeno crescimento de 0,5% no mês de junho deste ano, mas apresentou queda de -3,6% em comparação com o mesmo período de 2022. Um crescimento acima da média nacional, que registrou crescimento de 0,1% neste mês.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do resultado positivo, a produção da indústria baiana, no fim do primeiro semestre de 2023, encontrava-se em um patamar 20,8% abaixo do verificado antes do início da pandemia de Covid-19, em fevereiro de 2020.
O crescimento da indústria baiana do mês de maio, ficou bem abaixo do resultado nacional de 0,3%. Também foi verificada uma queda em relação ao acumulado do primeiro semestre de 2023, quando a produção industrial da Bahia registrou queda de -3,7% frente ao mesmo período do ano anterior. O recuo foi puxado pela fabricação de produtos químicos (-8,7%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em junho, a indústria do estado tem retração de -4,2%. Apesar do tímido crescimento, a indústria do estado voltou a crescer após ter apresentado queda (-2,4%) na passagem entre abril e maio.
A Bahia foi o 6º melhor entre os 15 estados que têm informações para essa comparação, 6 dos quais registraram avanços. Os maiores crescimentos ocorreram em Espírito Santo (4,6%), Rio de Janeiro (3,2%) e Santa Catarina (2,6%). As maiores quedas, no Ceará (-6,4%), na Região Nordeste como um todo (-4,5%) e no Amazonas (-4,0%).
Em relação a junho de 2022, a produção industrial baiana apresentou nova queda (-3,6%), a segunda retração consecutiva no comparativo com o mesmo mês no ano anterior (havia caído 3,3% em maio), e mostrou um resultado bem abaixo do verificado no Brasil como um todo (0,3%). Foi o 5º pior resultado dentre os 18 locais investigados com resultados na comparação interanual.
Atividades
No 1º semestre, a produção caiu em 6 das 10 atividades da indústria de transformação na Bahia, puxada pelos produtos químicos (-8,7%). Em comparação com o mesmo período em 2022, as quedas acumuladas foram puxadas pela indústria extrativa (-34,0%) e indústria de transformação (-1,2%).
O principal impacto negativo no resultado geral da indústria baiana no 1º semestre é seguido pela fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-7,6%). Porém, a maior queda geral veio da fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-17,5%), que possui um peso menor na composição da indústria do estado.
Com o maior peso na estrutura industrial baiana, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, também apresentou queda (-1,2%) no acumulado no 1º semestre.
Dentre as 4 atividades industriais com crescimento nos primeiros seis meses de 2023, na Bahia, o principal destaque veio da fabricação de produtos alimentícios (11,2%), que teve o maior aumento e o mais significativo para frear a retração geral da indústria baiana. O segundo maior impacto positivo veio da metalurgia (2,4%).
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