Policiais civis da Bahia programaram para esta sexta-feira (18) uma manifestação na qual farão entrega simbólica das chaves das custódias de presos das delegacias e também de todas as viaturas sem manutenção.

O ato acontecerá na Central de Flagrantes da Polícia Civil e na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos, na Avenida ACM (do lado da Igreja Universal do Iguatemi), às 8h. Este será o primeiro ato até a paralisação geral, prevista para ocorrer no próximo dia 25, quando a Polícia Civil parará suas atividades durante 72 horas, suspendendo todos os serviços.

A decisão foi tomada em assembleia-geral extraordinária (AGE) da categoria, na terça-feira (15). Representantes do coletivo Movimento Juntos Somos + Fortes (MJSMF) dizem que ainda não tiveram nenhuma sinalização de diálogo por parte do Estado sobre as reivindicações da categoria, que incluem reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho.

De acordo com o presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, a mobilização desta sexta cumpre o que foi deliberado na AGE, e é uma resposta à falta de cumprimento da decisão judicial por parte do governo, que não abriu o diálogo com a categoria.

"Nós, de maneira nenhuma, queríamos estar nesse nível de tensionamento com o governo, mas o governador Rui Costa nos obriga a isso. Até decisão judicial ele não obedece. Nesta sexta-feira teremos a entrega das chaves das custódias de presos das delegacias, o mesmo ocorrerá com todas as viaturas sem manutenção. Espero que o governador nos chame para conversar. Caso contrário, dia 25 é greve", afirmou Lopes.

Confira o calendário de mobilização até o dia 25

Sexta-feira: 18/03 – Os policiais irão entregar as chaves das custódias de presos das delegacias do Estado da Bahia, o mesmo ocorrerá com todas viaturas sem manutenção.

Segunda-feira feira: 21/03 – Entrega de coletes vencidos, da cadeia de custódia de bens apreendidos;

Sexta-feira: 25 a 27/03 – suspensão da emissão de carteira de identidade, entrega das chefias, extras e greve geral dos Policiais Civis da Bahia, onde não ocorrerá nenhum tipo de serviço.