Estimativa de março para safra baiana de grãos em 2024 segue de queda
Dois dos principais grãos produzidos no estado têm previsão de queda
A terceira estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2024 prevê, em março, que a produção deve chegar a 11.335.870 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 6,7% (ou menos 812.188 t) em relação ao recorde de 2023 (12.148.058 toneladas).
A diminuição frente ao ano passado se dá sobretudo por conta da queda nas previsões das safras de dois dos principais grãos produzidos no estado: o milho e a soja.
De acordo com esta terceira estimativa, a Bahia deve colher, em 2024, 1.742.760 toneladas na 1ª safra de milho, o que representa uma queda de 25,8% frente ao ano passado (menos 606.960 toneladas).
Já a soja, principal produto agrícola baiano, que representa quase dois terços (65,0%) de toda a safra de grãos do estado, também tem previsão de redução de 2,8% na produção, em 2024. Neste ano, a Bahia deverá colher 7.353.000 toneladas de soja, menos 212.940 toneladas do que em 2023 (7.565.940 toneladas).
Não houve mudança significativa frente à estimativa de fevereiro. A única revisão positiva foi na previsão da safra de sorgo, que aumentou 13,7% de um mês para o outro, passando de 141.990 para 161.490 toneladas (+19.500 t). Todas as demais produções se mantiveram as mesmas.
A queda na produção de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para o Brasil como um todo. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas neste ano, segundo a estimativa de março. Isso representa uma redução de 5,4% frente à obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de fevereiro, houve uma queda de 0,8% (menos 2,3 milhões de toneladas, de um mês para o outro).
Mesmo com a previsão de colher 6,7% menos em 2024, a Bahia ainda deve manter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional (frente a uma participação de 3,9% em 2023). Mato Grosso continua na liderança (28,2%), seguido por Paraná (13,7%) e Rio Grande do Sul (13,3%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
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