Bahia foi o estado que mais investiu em Pesquisa Mineral
Foram mais de 1,8 bilhões de investimento
Dados divulgados na última semana pela Agência Nacional de Mineração (ANM) mostram que a Bahia foi o estado que mais investiu em pesquisa mineral nos anos de 2019 e 2020. Mais de R$ 600 milhões foram investidos tanto durante a fase de autorização de pesquisa, quanto durante a fase de lavra.
Ao longo dos últimos dez anos – de 2010 a 2020 – foram mais de 1,8 bilhões de investimento em pesquisa mineral o que de acordo com o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, reflete no resultado que a mineração vem mostrando. "Estávamos em quinto lugar na arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) e hoje já disputamos com Goiás a terceira posição. Sem dúvida isso é reflexo do foi e continua sendo investido na pesquisa", ressalta Tramm.
Conforme os dados, disponíveis no novo anuário interativo da ANM, divulgado pelo órgão no dia 10 de novembro, mais de 80% de tudo que foi investido nos últimos dois anos foi concentrado nos municípios de Juazeiro (30,60%), Jaguarari (20,90%), Itagibá (18,55%) e Jacobina (12,68%). Dentre as substâncias pesquisadas, o cobre lidera os índices com mais de 44,65% de investimentos, seguidos pelo ouro com 18,06% e pelo níquel com 17,43%.
A Mineração Caraíba, uma das maiores produtoras de cobre do país, investiu mais de US$20 milhões anuais em pesquisa geológica nos últimos anos, tanto em processos indiretos quanto em processos diretos de avaliação de potenciais minerais. De acordo com o CEO da empresa, Manoel Valério "A Mineração Caraíba sempre investiu em pesquisa geológica ao longo de sua história, como estratégia básica para sua continuidade e crescimento operacional através de expansão das atuais reservas minerais de suas minas, e, de busca de aumento de recursos minerais para implantação de novos projetos de mineração no Vale do Curaçá, que engloba três municípios (Jaguarari, Juazeiro e Curaçá). Como resultado desse trabalho, temos uma expansão e crescimento da produção de concentrado de cobre com sucessivos recordes de produção, quando chegaremos, neste ano, à marca de mais de 45 mil toneladas de cobre e uma vida útil projetada para 15 anos, explica Valério.
O investimento em pesquisa é um passo fundamental para o sucesso da produção mineral, no entanto o Brasil ainda investe pouco no seu conhecimento geológico. Mesmo liderando os índices, os investimentos em pesquisa ainda são entraves para impulsionar ainda mais a produção mineral do estado e também do país. Conforme o presidente da CBPM, os valores ainda não são o suficiente para gerar um maior dinamismo ao trabalho e é preciso uma atenção maior do governo para isso. "Acho um absurdo não existir no país incentivo para pesquisa mineral, como por exemplo através de dedução fiscal. É preciso que o governo tome providências quanto ao título minerário, permitindo que ele seja utilizado como garantia de financiamento. Pois, o mercado de pesquisa não pode ficar na mão apenas de grandes empresas. É preciso incentivar a atuação do médio e pequeno empresário", enfatiza Tramm.
Pesquisas da CBPM servem de base para novos investimentos
A CBPM é hoje a única empresa estadual de pesquisa mineral do país. Seu trabalho é fazer o "reconhecimento" das riquezas minerais do estado e incentivar a vinda de novas empresas para produção mineral. Graças, em grande parte, às pesquisas da empresa nos últimos 49 anos, a Bahia é hoje um dos estados mais bem estudados e conhecidos geologicamente do país.
São mais de 70 publicações técnicas, ao longo de 48 anos de história, com destaque para trabalhos como "Geologia da Bahia" e "Geofísica da Bahia", que funcionam como grandes instrumentos de estudo e prospecção mineral. Toda essa pesquisa põe em destaque a grande diversidade de seus ambientes geológicos, ricos em depósitos minerais, uma variedade de quase 50 tipos diferentes de substâncias, além das rochas mais antigas da Terra, com idades que chegam a 3,5 bilhões de anos.
Ao longo dos últimos dez anos – de 2010 a 2020 – foram mais de 1,8 bilhões de investimento em pesquisa mineral o que de acordo com o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, reflete no resultado que a mineração vem mostrando. "Estávamos em quinto lugar na arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) e hoje já disputamos com Goiás a terceira posição. Sem dúvida isso é reflexo do foi e continua sendo investido na pesquisa", ressalta Tramm.
Conforme os dados, disponíveis no novo anuário interativo da ANM, divulgado pelo órgão no dia 10 de novembro, mais de 80% de tudo que foi investido nos últimos dois anos foi concentrado nos municípios de Juazeiro (30,60%), Jaguarari (20,90%), Itagibá (18,55%) e Jacobina (12,68%). Dentre as substâncias pesquisadas, o cobre lidera os índices com mais de 44,65% de investimentos, seguidos pelo ouro com 18,06% e pelo níquel com 17,43%.
A Mineração Caraíba, uma das maiores produtoras de cobre do país, investiu mais de US$20 milhões anuais em pesquisa geológica nos últimos anos, tanto em processos indiretos quanto em processos diretos de avaliação de potenciais minerais. De acordo com o CEO da empresa, Manoel Valério "A Mineração Caraíba sempre investiu em pesquisa geológica ao longo de sua história, como estratégia básica para sua continuidade e crescimento operacional através de expansão das atuais reservas minerais de suas minas, e, de busca de aumento de recursos minerais para implantação de novos projetos de mineração no Vale do Curaçá, que engloba três municípios (Jaguarari, Juazeiro e Curaçá). Como resultado desse trabalho, temos uma expansão e crescimento da produção de concentrado de cobre com sucessivos recordes de produção, quando chegaremos, neste ano, à marca de mais de 45 mil toneladas de cobre e uma vida útil projetada para 15 anos, explica Valério.
O investimento em pesquisa é um passo fundamental para o sucesso da produção mineral, no entanto o Brasil ainda investe pouco no seu conhecimento geológico. Mesmo liderando os índices, os investimentos em pesquisa ainda são entraves para impulsionar ainda mais a produção mineral do estado e também do país. Conforme o presidente da CBPM, os valores ainda não são o suficiente para gerar um maior dinamismo ao trabalho e é preciso uma atenção maior do governo para isso. "Acho um absurdo não existir no país incentivo para pesquisa mineral, como por exemplo através de dedução fiscal. É preciso que o governo tome providências quanto ao título minerário, permitindo que ele seja utilizado como garantia de financiamento. Pois, o mercado de pesquisa não pode ficar na mão apenas de grandes empresas. É preciso incentivar a atuação do médio e pequeno empresário", enfatiza Tramm.
Pesquisas da CBPM servem de base para novos investimentos
A CBPM é hoje a única empresa estadual de pesquisa mineral do país. Seu trabalho é fazer o "reconhecimento" das riquezas minerais do estado e incentivar a vinda de novas empresas para produção mineral. Graças, em grande parte, às pesquisas da empresa nos últimos 49 anos, a Bahia é hoje um dos estados mais bem estudados e conhecidos geologicamente do país.
São mais de 70 publicações técnicas, ao longo de 48 anos de história, com destaque para trabalhos como "Geologia da Bahia" e "Geofísica da Bahia", que funcionam como grandes instrumentos de estudo e prospecção mineral. Toda essa pesquisa põe em destaque a grande diversidade de seus ambientes geológicos, ricos em depósitos minerais, uma variedade de quase 50 tipos diferentes de substâncias, além das rochas mais antigas da Terra, com idades que chegam a 3,5 bilhões de anos.
Só em 2021 a empresa fechou seis licitações superando os dois últimos anos. A CBPM concluiu com sucesso licitações para produção de níquel, cobre e cobalto, nos municípios Campo Alegre de Lourdes e Pilão Arcado, produção de fosfato, em Campo Alegre de Lourdes e quatro editais para produção de argila, nos municípios de Alagoinhas, São Sebastião do Passé e Camacã e lançou na semana passada edital para licitação de área para produção de esmeraldas em Pindobaçu.
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