633 mil mulheres na Bahia são donas do próprio negócio, revela levantamento
A maior parte delas são MEIs ou comandam MPEs
Nunca tantas mulheres empreenderam no Brasil: de acordo com um levantamento realizado pelo Sebrae, com base em dados do IBGE, em todo o país são 10,34 milhões de mulheres liderando negócios, o que representa 34,4% dos empreendedores brasileiros.
Considerando a Bahia, a proporção de mulheres em relação ao total de empreendedores é de 33% - o que representa 633 mil empreendedoras no estado, a maior parte delas de microempreendedores individuais (MEIs) ou à frente de Pequenas e Médias Empresas (MPEs).
Apesar de ainda ser necessário um longo caminho para uma verdadeira equidade de gênero no empreendedorismo, os números são animadores e representam um recorde histórico. Conforme explica Wellington Silva, diretor executivo da Central Sicredi Nordeste, instituição financeira cooperativa, a tendência de expansão no número de negócios chefiados por mulheres tende a se intensificar nos próximos anos.
"O crescimento contínuo no número de empreendimentos liderados por mulheres reflete um ambiente propício para a expansão da participação feminina no cenário empreendedor", afirma Wellington.
Planejamento é fundamental para empreender com sucesso
Ana Margarida Formiga é uma das mulheres que empreendem. Ela resolveu abrir uma loja de artigos esportivos há 11 anos, quando deixou o emprego para realizar o sonho de ter o próprio negócio.
"Acho que empreender sempre foi minha maior vocação", diz Ana Margarida. "Onze anos atrás, deixei meu emprego com o desejo de possuir minha própria loja. Hoje, possuímos duas unidades e empregamos um total de quatro pessoas, além de estarmos no processo de seleção para estagiários", conta.
Além de acompanhamento e planejamento adequados, a empreendedora diz que fazer o que gosta, saber administrar o tempo e ouvir o cliente são outros pontos fundamentais para quem quer ter um negócio de sucesso.
"É um sonho ver cada vez mais mulheres tendo a vontade e a coragem para empreender no Brasil", diz Ana Margarida. "Além de contribuir para uma sociedade mais justa, o empreendedorismo feminino tem um papel fundamental nas conquistas da liberdade e independência financeira das mulheres", conclui.
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