Terrorista que matou brasileira na França pega prisão perpétua
Brahim Aouissaoui assassinou Simone Barreto e outras duas pessoas na Basílica de Nice, em outubro de 2020.
O tunisiano Brahim Aouissaoui, responsável pelo atentado terrorista na Basílica de Nice, na França, em 2020, foi condenado nesta quarta-feira (26) à prisão perpétua sem possibilidade de redução de pena, a sentença mais severa prevista no Código Penal francês.
O ataque ocorreu no dia 29 de outubro de 2020, quando Aouissaoui, armado com uma faca de cozinha, matou três pessoas: a brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos, a paroquiana Nadine Devillers, de 60, e o sacristão Vincent Loquès, de 54 anos. Ação brutal, ele desferiu 25 facadas em Simone, enquanto as outras vítimas sofreram profundos cortes na garganta.
Além das vítimas fatais, o atentado deixou sete pessoas feridas, incluindo cinco agentes de segurança que prenderam o terrorista dentro da igreja. Durante o julgamento, a Procuradoria Nacional Antiterrorismo (PNAT) destacou a "periculosidade intacta" de Aouissaoui, descrevendo-o como um indivíduo "preso ao seu fanatismo totalitário e bárbaro". A acusação afirmou que o ataque foi marcado por uma "selvageria inacreditável".
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No tribunal, Aouissaoui tentou negar sua identidade como terrorista, mas foi rapidamente contido por seu próprio advogado. Ele admitiu ser o autor do ataque, mas se recusou a fornecer detalhes sobre o crime. A defesa afirmou que o réu já era uma "bomba humana" quando deixou a Tunísia clandestinamente, em 18 de setembro de 2020.
Segundo uma advogada da PNAT, o atentado foi "o culminar de um compromisso jihadista nascido na Tunísia", e, após o ataque, Aouissaoui demonstrou "nenhum remorso". "Seu ódio pelo Ocidente e pela França permaneceu intacto", completou.
A prisão perpétua sem possibilidade de redução de pena é uma sentença extremamente rara na França. Nos últimos anos, essa punição foi aplicada em casos de terrorismo, incluindo ao terrorista Salah Abdeslam, responsável pelos atentados de 13 de novembro de 2015, que resultaram em 130 mortos em Paris e Saint-Denis.
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