O governo da Rússia admite estudar a proposta de paz para por fim a guerra na Ucrânia apresentada pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. A sugestão de Lula é criar um grupo de países que, a exemplo do Brasil, não têm participação direta ou indireta no conflito bélico, cujos primeiros combates completam um ano nesta sexta-feira (24).

"Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação 'no terreno' ", afirmou o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Mikhail Galuzin, em entrevista à agência de notícias Tass. O dirigente lembrou a decisão do Brasil de não enviar munições à Ucrânia ou participar de medidas coercitivas contra a Rússia.

Galuzin afirmou que o país interage com o Brasil "de uma forma construtiva" no G-20, no Conselho de Segurança da ONU – onde o Brasil tem um assento não pemanente e nos Brics, formado pelos dois países e mais China, Índia e África do Sul.

A proposta de paz de Lula foi apresentada pelo presidente brasileiro no encontro com o colega dos Estados Unidos, Joe Biden, em 10 de fevereiro deste ano. "Estou convencido que é preciso encontrar uma saída para colocar fim a essa guerra", disse Lula, na ocasião.

"Falei com o presidente Biden o que eu já tinha falado ao presidente (Emmanuel) Macron ao chanceler alemão, Olaf Scholz, sobre a necessidade de criar um grupo de países que não estão envolvidos diretamente ou indiretamente na guerra da Rússia contra a Ucrânia para que a gente encontre possibilidades de fazer a paz".

Com informações do G1.