A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou nesta sexta-feira (29) um projeto de lei para legalizar a morte assistida, permitindo que pessoas com doenças terminais e expectativa de vida inferior a seis meses optem por encerrar suas vidas. A proposta, apoiada por 330 votos contra 275, prevê aprovação de dois médicos e um juiz para cada caso e segue agora para a próxima etapa no Parlamento.

A legislação, apresentada pela deputada trabalhista Kim Leadbeater, busca oferecer "escolha, autonomia e dignidade" no fim da vida, com critérios rigorosos para evitar abusos. Durante o debate, críticos expressaram temores sobre possíveis coerções e riscos para pessoas com deficiência, enquanto defensores destacaram as proteções inéditas no projeto.

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Dividindo opiniões dentro e fora do Parlamento, o tema foi debatido por mais de quatro horas e atraiu manifestantes de ambos os lados na Parliament Square. O projeto não se aplica a idosos, pessoas com deficiência ou condições mentais, exceto se estiverem em estado terminal.

O texto segue agora para um comitê, onde será examinado e poderá receber emendas antes de retornar à Câmara dos Comuns e, posteriormente, à Câmara dos Lordes. Leadbeater defende audiências públicas para aprofundar o debate.

Caso aprovado, o Reino Unido se unirá a países como Canadá e Suíça e 11 estados dos EUA que já legalizaram a prática.