Justiça impede revogação de mais de 530 mil vistos pelo governo Trump
A medida atingiria especialmente imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
A Justiça Federal dos Estados Unidos decidiu nesta semana que o governo Trump não pode revogar os vistos de mais de 530 mil imigrantes que chegaram aos Estados Unidos por meio do programa humanitário implementado pelo governo Biden. A medida teria impacto direto sobre cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.
De acordo com matéria publicada pela CBN News, na decisão, a juíza Indira Talwani afirmou que os casos devem ser analisados individualmente, e não de forma coletiva, como previa a tentativa do governo Trump. Com isso, fica suspenso o plano que revogaria, sem análise caso a caso, a liberdade condicional e a autorização de trabalho concedidas anteriormente a esses imigrantes.
O programa foi lançado inicialmente em 2022, apenas para venezuelanos, e ampliado em 2023 para incluir outros países. Ele permite que estrangeiros solicitem entrada legal nos EUA por meio de um aplicativo, onde cadastravam seus dados pessoais para obter autorização legal de residência e trabalho. O governo Biden defendeu a medida como forma de conter a imigração ilegal e facilitar a triagem nas fronteiras.
Desde que reassumiu o poder, o ex-presidente Donald Trump iniciou uma ofensiva contra o programa, tentando reverter os benefícios concedidos. Em março, uma decisão anterior previa a saída desses imigrantes do país, agora suspensa por ordem judicial.
De acordo com matéria publicada pela CBN News, na decisão, a juíza Indira Talwani afirmou que os casos devem ser analisados individualmente, e não de forma coletiva, como previa a tentativa do governo Trump. Com isso, fica suspenso o plano que revogaria, sem análise caso a caso, a liberdade condicional e a autorização de trabalho concedidas anteriormente a esses imigrantes.
O programa foi lançado inicialmente em 2022, apenas para venezuelanos, e ampliado em 2023 para incluir outros países. Ele permite que estrangeiros solicitem entrada legal nos EUA por meio de um aplicativo, onde cadastravam seus dados pessoais para obter autorização legal de residência e trabalho. O governo Biden defendeu a medida como forma de conter a imigração ilegal e facilitar a triagem nas fronteiras.
Desde que reassumiu o poder, o ex-presidente Donald Trump iniciou uma ofensiva contra o programa, tentando reverter os benefícios concedidos. Em março, uma decisão anterior previa a saída desses imigrantes do país, agora suspensa por ordem judicial.
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A decisão foi criticada por integrantes do governo Trump, que classificaram a medida como "tirania sem lei". Por outro lado, foi comemorada por organizações de defesa dos imigrantes. Karen Tumlin, diretora do Justice Action Center, disse que a sentença representa uma vitória para quem "valoriza a liberdade de acolher" e destacou que os imigrantes cumpriram todas as exigências do governo.
Trump registra imigrantes vivos como mortos
Paralelamente à tentativa de revogação do status legal, documentos obtidos pela agência Associated Press revelam que o governo Trump classificou mais de seis mil imigrantes vivos como mortos. A manobra teria o objetivo de forçar a saída dessas pessoas do país, cancelando seus benefícios sociais e impedindo que trabalhem legalmente.
Além disso, os imigrantes afetados perderam acesso a serviços básicos como saúde e operações bancárias, já que seus nomes e números de previdência social foram inseridos em um banco de dados utilizado para rastrear falecidos. Não se sabe como os nomes foram selecionados.
A decisão foi criticada por integrantes do governo Trump, que classificaram a medida como "tirania sem lei". Por outro lado, foi comemorada por organizações de defesa dos imigrantes. Karen Tumlin, diretora do Justice Action Center, disse que a sentença representa uma vitória para quem "valoriza a liberdade de acolher" e destacou que os imigrantes cumpriram todas as exigências do governo.
Trump registra imigrantes vivos como mortos
Paralelamente à tentativa de revogação do status legal, documentos obtidos pela agência Associated Press revelam que o governo Trump classificou mais de seis mil imigrantes vivos como mortos. A manobra teria o objetivo de forçar a saída dessas pessoas do país, cancelando seus benefícios sociais e impedindo que trabalhem legalmente.
Além disso, os imigrantes afetados perderam acesso a serviços básicos como saúde e operações bancárias, já que seus nomes e números de previdência social foram inseridos em um banco de dados utilizado para rastrear falecidos. Não se sabe como os nomes foram selecionados.
Segundo fontes ouvidas pela AP, a única alternativa apresentada a esses imigrantes seria abandonar voluntariamente os Estados Unidos. O governo Trump deve se pronunciar publicamente sobre o plano nos próximos dias.
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