Chefe de recrutamento da Rússia é encontrado morto em 'situação suspeita'
Tenente-coronel Roman Malyk tinha 49 anos
Um dos chefes da campanha promovida pela Rússia para recrutamento de reservistas contra a Ucrânia foi encontrado morto em "circunstâncias suspeitas", segundo o jornal britânico The Mirror.
O corpo do tenente-coronel Roman Malyk, de 49 anos, foi encontrado próximo a uma cerca em sua casa na região de Primorsky, na Rússia. De acordo com a reportagem, há relatos de que ele teria morrido por enforcamento, e a polícia russa busca confirmar se o caso se trata de suicídio.
Casado e pai de dois filhos, o tenente-coronel era um veterano da guerra da Rússia na Chechênia. Amigos e familiares negaram veementemente que ele tenha se matado.
A morte de Malyk aparece em meio a uma série de ataques contra escritórios de mobilização na Rússia. Segundo o The Mirror, cerca de 70 departamentos foram atacados com coquetéis molotov.
PUTIN ENCERRA RECRUTAMENTO DE RESERVISTAS
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou em entrevista coletiva ontem o fim do recrutamento de reservistas para lutar na guerra contra a Ucrânia. Segundo Putin, 222 mil soldados, dos 300 mil esperados, já foram recrutados, e 16 mil já estão em "unidades envolvidas no combate".
"Não há mais nada planejado. Nenhuma proposta foi recebida do Ministério da Defesa e não vejo necessidade de fazê-lo no futuro próximo", disse o presidente russo.
Apesar do anúncio, o mandatário afirmou que Moscou ainda estuda retomar o recrutamento em 15 dias. "A linha de frente tem 1.100 km de extensão, então é quase impossível mantê-la exclusivamente com tropas formadas por militares contratados", acrescentou.
Putin anunciou a mobilização de 300 mil soldados em 21 de setembro, a primeira do país desde a Segunda Guerra Mundial.
Na ocasião, o presidente russo voltou a culpar as nações ocidentais por iniciarem uma guerra por procuração com a Rússia e anunciou também o aumento no financiamento para impulsionar a produção de armas.
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