Shopping Popular registra baixas vendas mesmo com movimentação de fim de ano

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Shopping Popular registra baixas vendas mesmo com movimentação de fim de ano

Enquanto as lojas do centro da cidade e Feiraguai registram alta das vendas, os comerciantes do Shopping Popular registram disparidade 

Crédito: Mário Sepúlveda/FE
O último mês do ano é um período de grande movimentação no comércio. Historicamente, as compras de Natal e Réveillon garantem os melhores resultados para o varejo. E Feira de Santana, conhecida em todo Estado pela força comercial recebe gente de todas as localidades da Bahia para fazerem suas compras, contudo, enquanto as lojas do centro da cidade e Feiraguai registram alta das vendas, os comerciantes do Shopping Popular registram disparidade, e estão de mãos atadas, sem conseguir vender os produtos. Manoel é comerciante no Shopping Popular, como é conhecido o local, e seu box localizado na rua 26, estava parado na manhã de ontem, dia 23 de dezembro, véspera de natal. Em entrevista ao Jornal Folha do Estado, ele revelou o desconforto com a situação. "A situação não está satisfatória, estamos aqui sofrendo, a vendagem é muito baixa". O depoimento de Manoel se assemelha a diversos outros feitos desde a chegada dos comissionados no local, mostrando que mesmo com o comércio em efervescência, no Shopping, nada muda.

"Nos prometeram casa lotérica, caixas eletrônicos, base da polícia militar, base da guarda municipal, uma praça de alimentação com concha acústica para shows e teatro, os ônibus das cidades vizinhas estariam preparados para lá fazerem a movimentação de transporte, e nada foi feito. Não temos atrativos aqui e sem infraestrutura, estamos perecendo. Tem gente aqui, que desenvolveu até depressão com a situação", lamentou Manoel.

Natalice Silva estava fazendo suas compras de fim de ano no local, foi sua segunda vez no centro comercial, e no olhar de compradora, ela faz as mesmas pontuações que Manoel. "Aqui é um dos melhores lugares para comprar, tem mais variedades e os preços valem a pena. Porém, as pessoas não vão vir enquanto o objetivo for só comprar. Aqui poderia ter uma lotérica, um caixa eletrônico, um banco... tenho certeza que estaria cheio, porque encontrar as coisas, a gente encontra", avaliou.

Alexandre Santos também é concessionários do Shopping Popular e para ele, além de atrativos, o que falta é divulgação. "O movimento está parado, se tivesse uma divulgação maior do local, eu acredito que não só nas festas, como no ano todo, as pessoas viriam. As pessoas não estão se deslocando de lá de cima para cá", disse.

Em sua declaração, Manoel afirmou que o que eles querem não é sair do Shopping, mas conseguir vender no local. "Eu acredito no Shopping Popular, mas, eu acreditar não vai fazer com que ajam e cobrem de nós o que não temos condições de pagar. Eu quero ficar no shopping, mas, desde que eles façam o que prometeram e logo, porque não podemos nem levar a carne para casa, não podem nos botar nas mãos de terceiros, tiraram a gente de um local. Precisamos de condições e de um preço que possamos pagar", concluiu.

O que se observou no Shopping, é o total descaso da empresa privada que é a detentora da concessão e gerenciamento do equipamento. Enquanto a Prefeitura, para tentar ajudar os permissionários, colocou ônibus de bairros da Cidade direto para o Shopping, subsidiando o preço da passagem para apenas R$0,50 e farta publicidade na TV, os responsáveis pelo local não moveram uma única "palha". Não fizeram publicidades, não levaram atrativos para o local, abandonando, segundo os próprios frequentadores, à própria sorte. 

 

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Sexta, 20 Setembro 2024

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