Servidores do Judiciário ameaçam greve por tempo indeterminado em maio
Após paralisação de advertência por 48h, categoria retoma atividades nesta quinta-feira (24).
Por conta da paralisação, no Fórum Felinto Bastos, em Feira de Santana, somente os serviços essenciais e de urgência foram realizados, nesta terça e quarta-feira, uma vez que apenas 30% dos funcionários permaneceram em seus postos de trabalho.
Em entrevista ao Folha do Estado, o delegado sindical do Simpojud, Jair Silva de Jesus, informou que a mobilização segue um calendário, às terças e quartas, e no próximo dia 7 de maio haverá nova assembleia geral para definir se haverá greve por tempo indeterminado.
"Nós fizemos diversas reuniões e um plano, que o Tribunal de Justiça aprovou, e a presidente do órgão enviou para a Assembleia Legislativa desde agosto de 2024, mas até hoje não foi colocado em pauta. Então essa paralisação é de advertência, vamos fazer manifestações até o dia 30. E no dia 7 de maio, a categoria irá se reunir para fazer uma greve geral, caso o projeto não seja pautado e aprovado", informou o delegado sindical.
Ele garantiu que durante a mobilização, a categoria irá respeitar o contingente de 30% de trabalhadores que estarão trabalhando.
"Não queremos greve ilegal. Ao longo do tempo viemos conversando para que ocorra de forma normal, a categoria não quer greve, mas está sendo obrigada, até para mostrar nossa indignação. Estamos com uma perda de mais de 50% e o PL ainda vai ser implantado em 8 anos. Não sabemos por que esse massacre contra os funcionários do Judiciário."
Jair de Jesus argumentou ainda que a categoria espera receber o apoio do governador Jerônimo Rodrigues, para que o projeto seja pautado o mais rápido possível na Assembleia.
"A gente sabe que os poderes são autônomos e independentes, mas isso não é colocado em prática muitas vezes. O governador é aliado à presidente da Alba e pode pedir para o projeto ser colocado, e a gente espera que ele dê essa ordem e abra esse diálogo. O projeto será implantado em um prazo de 8 anos e não vai recuperar as perdas que nós, servidores, estamos tendo. Temos aí mais de 1 mil funcionários esperando o plano passar para poderem se aposentar, caso contrário, irão passar fome. A gente quer essa sensibilidade do governador, e estamos aí próximo ao Dia do Trabalhador. É um direito, e vamos continuar tendo perdas, mas vamos garantir uma condição melhor do que estamos tendo agora", frisou.
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