📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

"Estamos no Agosto Lilás, um mês alusivo à Lei Maria da Penha, que está completando 18 anos, e falar de violência contra a mulher é falar dos mecanismos de proteção que estão instituídos dentro da lei 13.340, que é a Lei Maria da Penha", afirmou.

Com relação aos crimes praticados no município e aumento das tentativas de feminicídios, Josailma Ferreira afirmou que atualmente existe uma maior conscientização e as mulheres estão mais atentas dos seus direitos.

"Existem mais informações e com isso as mulheres reagem mais a essas tentativas. Elas estão conseguindo falar sobre isso, apesar de a gente entender que existe uma subnotificação dessas violências. Mas a gente precisa intensificar nossas ações preventivas indo às comunidades, principalmente na zona rural. Os finais de semana, a gente sabe que tem o álcool, as festas, que fazem com que essa incidência se torne mais grave. Mas acho que o papel da rede de proteção à mulher, da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, é continuar trabalhando efetivamente no combate e ao enfrentamento da violência contra a mulher."

Zona Rural

Conforme a chefe de Divisão de Proteção às mulheres da Secretaria, a rede precisa alcançar um número maior de pessoas na zona rural, realizando ações nas comunidades. "Existe a rede assistencial nestes locais e vamos intensificar ainda mais até o mês de novembro, quando a gente começa a campanha dos 21 dias de ativismo, e estamos com uma programação neste mês nas comunidades."

Acompanhamento ao agressor

Para Josailma Ferreira, apesar da lei Maria da Penha estar completando 18 anos, ainda há muito o que se refletir sobre a sua eficácia e formas de atuação junto aos agressores.

"Na Lei tem um artigo que diz que é necessário fazer o acompanhamento dos autores de agressão. E a gente precisa avançar nesse quesito, porque a mulher a gente protege, mas esse homem vai reconstruir a vida com outras parceiras e esse processo vai se reproduzir lá na frente. Hoje a gente tem um atendimento que é gratuito na Secretaria da Mulher, que é o Transformando Caminhos, que nada mais é do que pôr em prática o artigo, trabalhando a ressocialização desses autores e a gente enquanto secretaria vamos fazer o papel dessa transformação. Esse atendimento é por demanda espontânea, e o homem que sentir que está nesse processo de violência dentro de casa e precisa de orientação pode procurar a secretaria que iremos encaminhar para o atendimento psicossocial, para dar a ele esse fortalecimento, para que ele saia desse ciclo e entenda que aquele comportamento é passível de mudança", refletiu.

Josailma Ferreira acrescentou que a Secretaria funciona de segunda a sexta-feira das 8h às 17h na Rua Giorgina Erisman, número 185.

O órgão atua por demanda espontânea e é porta aberta. "Temos também o Centro de Referência, que fica na Rua Barão do Rio Branco, número 1723, no centro da cidade. Qualquer dúvida e qualquer demanda, a pessoa irá sair com as orientações e encaminhamentos devidos."