Reunião entre novos gestores e permissionários irá avaliar rumos do Shopping Popular
Novo administrador do Shopping Popular, Luís Antônio, confirmou existência de novos projetos
A intervenção foi decretada pelo prefeito Colbert Martins no dia 6 de outubro de 2023, em razão do descumprimento do acordo celebrado entre o governo municipal e a concessionária Feira Popular, que segundo denúncias, teria abandonado a segurança do empreendimento, além de ser alvo de diversas denúncias de maus-tratos e abuso de poder, com uso da força para apreensão de mercadorias dos comerciantes e fechamento de boxes.
"Mudou a administração do shopping, com uma equipe experiente, que conhece shoppings. Quem indicou foram os próprios chineses, pois não se pode mudar uma licitação internacional, que foi feita na época para essa concessão de construção do shopping, na qual foram investindo quase 30 ou 40 milhões por parte deles. É um negócio que tem aprovação do Ministério Público e todo um referencial. A prefeitura chamou e foi feito um TAG (Termo de Acordo de Gestão). Eles fazem um plano de investimentos e foi mudada a forma como eles tratavam cada um dos permissionários."
Ele reiterou os planos para implantação de novas lojas, o funcionamento das esteiras rolantes e elevadores, maior segurança, um estacionamento com 600 vagas, assim como a reforma da praça de alimentação, dentre outras melhorias.
Novos projetos
"De acordo agora em diante, com esse novo vigor na administração, vamos trabalhar totalmente voltados para o comerciante. Nosso objetivo é trazer os comerciantes que abandonaram o shopping e tentar recolocá-los dentro dos seus estabelecimentos. Se a questão for dívidas, vamos renegociar. Temos grandes projetos pra o shopping, para trazer eventos sociais e culturais, estamos pensando muito forte na questão da mídia. Vamos começar a trabalhar pontos positivos no dia a dia para fazer com que o shopping se torne referência na cidade de Feira de Santana", salientou.
Na avaliação do gestor, para atrair novos investimentos, a exemplo de lojas âncoras, é necessário aumentar as vendas no local."Quando você vai em busca de um comerciante que tenha nome de peso para ele colocar uma loja dentro do nosso negócio, ele vai primeiro olhar o fluxo de clientes. E é esse trabalho que eu tenho que fazer primeiro, de conseguir fluxo de clientes para que a gente tenha poder de trazer lojas âncoras, posto de saúde, banco e lotérica. Mas temos que estar em pleno funcionamento para conseguirmos oferecer e o próprio comerciante se interesse. Nós temos hoje 856 permissionários alocados e em média 250 comerciantes que não são permissionários, então temos em torno de 1.100 boxes em funcionamento, porém temos duas áreas isoladas que seriam a parte sul e a norte, e só vamos abrir essas áreas quando o shopping voltar a ter um fluxo forte de pessoas", disse.
Expectativas dos permissionários
De acordo com a presidente da Associação de Camelôs e Empreendedores do Shopping Popular, Elisabete Araújo, conhecida como Bete Camelô, os permissionários esperam continuar mantendo um bom diálogo com a nova empresa, como vinha ocorrendo com o interventor nomeado pela Prefeitura
"A expectativa daqui para frente é boa, é fazer o shopping funcionar e dar certo. O shopping foi construído para retirar os camelôs do centro da cidade, que precisava ser organizado, e hoje estamos aqui, mas ainda não funcionou, a obra não terminou, não foi concluída e ainda tem muitas demandas para resolver. Todos estão esperançosos e recebemos uma circular comunicando que vai haver uma reunião geral, junto com o secretário e o advogado da administração, que é algo que nunca aconteceu. Sabemos que teve um acordo assinado entre a Prefeitura e o consórcio, mas a gente ainda não teve acesso ao documento", explicou Araújo.
Para o comerciante Cláudio Vieira da Silva, o movimento de vendas no Shopping Popular continua lento, e a esperança dos comerciantes é que com a nova administração haja mudanças profundas. "O sentimento é de melhoras e muitas vendas. Aqui é para o comércio estar arrebentando".Outro permissionário chamado Antônio Carlos avalia que após a reunião tudo será melhor esclarecido, mas acredita na disposição do novo administrador de trabalhar em prol do empreendimento.
"A palavra certa é esperança. A gente não pode avaliar ainda 100%, porque ainda não começou o trabalho. Vamos ter uma reunião com eles amanhã, às 9h30, para ouvirmos a opinião deles. Uma das coisas que temos é que esse administrador está nos ouvindo."
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