Reitora da UEFS quer liberação do acesso a instituição para dialogar pauta estudantil
Amali Mussi que pauta dos estudantes já vem sendo debatida com governo
Em entrevista coletiva que aconteceu na tarde de segunda-feira (9), no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), a reitora, Amali Mussi, declarou que há um tempo estão trabalhando no pleito dos estudantes. A greve estudantil deflagrada na última sexta-feira (6) tem como pautas a reposição por convocação e concurso de todo quadro efetivo de docentes; reformulação e reajuste imediato do "Mais Futuro"; ampliação da permanência estudantil, através do 1% da RLI; recomposição e ampliação do orçamento universitário para 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI).
"É natural que o processo passe por vários setores, a parte financeira, a parte de demanda de pessoal, tivemos mudança de coordenadoria, do secretário de educação, no começo do ano. Esse processo é longo, mas em junho tivemos uma reunião com o governador que este pleito seria atendido. Desde então foi a finalização de todo processo e nós já sabíamos que ele estava autorizado, havíamos falado há mais de 15 dias que estava autorizado e seria publicado no diário oficial. Quando ele conseguiu revisar a agenda com todos os reitores de Salvador, na última sexta-feira, ele reafirmou a publicação de todos os pleitos, fizemos um cronograma alinhado entre todos nós reitores junto com a secretaria da educação e os outros secretários para publicação no diário oficial. Entretanto, na sexta-feira, os estudantes haviam marcado conosco uma reunião às 7h30, tanto que eu cheguei à universidade e falei que estava aguardando para reunião com eles, mas para minha surpresa, o pórtico estava fechado. O motivo foi cobrar a publicação do pleito dos professores. Ficamos o dia inteiro na universidade e no sábado houve a publicação, nós levamos através de uma comissão a publicação no diário oficial para os estudantes. Nossos pleitos que estavam em andamento na secretaria, todos foram atendidos, então teremos 105 professores entre convocação de professores de concursos realizados, professores substitutos, realização de novos concursos para vagas daqueles que se aposentaram e realização de novas seleções".
Quanto ao plano de retomada de rotina acadêmica, reposição de aulas, remarcação de provas e a cobrança do aumento de 7% RLI pedido pelos estudantes, a professora disse que tudo passa pela abertura do pórtico. "Não abrimos mão disso. O diálogo é o melhor caminho para haver a compreensão dos impactos do fechamento que acaba prejudicando os próprios estudantes. Nós desejamos que cada categoria tenha atendido as suas reivindicações, mas a universidade precisa funcionar. Quando temos greve docente, greve dos setores técnicos e greve dos estudantes a universidade precisa continuar fazendo as ações, inclusive, para vender os pleitos. A nossa prioridade é dialogar incansavelmente para que haja compreensão da abertura imediata, para que sejam retomadas as atividades da educação básica, da creche, dos outros setores, toda uma comunidade que necessita o uso da creche. E quanto a prova e outras coisas, isso é atribuição do CONSEPE, o calendário segue o mesmo, porque só pode ser mudado pelo CONSEPE", argumenta.
Instituição nega envio de força policial
Através de nota, a Administração Central da UEFS negou envio de forças policiais ao campus, como denunciado por estudantes que mantem o movimento de greve estudantil na intuição.
A gestão da Universidade Estadual de Feira de Santana, nas pessoas da reitora Amali de Angelis Mussi e da vice-reitora Evanilda Souza de Santana Carvalho vem a público negar qualquer solicitação de intervenção nos atos do movimento estudantil por ação de força policial ou de qualquer outra espécie que não seja o diálogo entre estudantes e gestores.
Em tempo, as gestoras informam que solicitaram por meio de ofício ao Comando da Polícia Militar elucidação sobre os fatos, aguardando assim as devolutivas da referida instituição.
De posse das informações, as gestoras se comprometem a repassá-las pelo canal de comunicação oficial estabelecido pelo movimento estudantil, qual seja, o e-mail da COMOB.
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