Projeto de piscicultura do Conjunto Penal de Feira recebe 1 tonelada de tilápias
Também foram entregues novos equipamentos e certificados de curso de capacitação
Feira de Santana Notícias 24h - Na manhã desta segunda-feira (17), a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) entregou, em parceria com a Bahia Pesca, novos equipamentos no Conjunto Penal de Feira de Santana e certificações de curso de capacitação a 20 apenados, ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (Senai).
Ao Projeto Fênix, de piscicultura, foi entregue 1 tonelada de tilápias, que serão criadas em três tanques construídos na unidade. Também foram doados hoje três toneladas de peixes para o projeto Bahia Sem Fome. Além disso, foi inaugurado o projeto Aquaponia, que prevê o reaproveitamento das águas dos tanques de peixe para cultivo de alfaces hidropônicas; inaugurada a clínica de psicologia para os servidores, assim como realizado o cerramento da faixa da sede social dos Policiais Penais.
Em entrevista ao Folha do Estado, o diretor presidente da Bahia Pesca, Daniel Vitória, falou sobre os benefícios que o projeto pioneiro de criação de tilápias e novas parcerias têm trazido para o Conjunto Penal.
"É um dia de muita alegria. É a primeira despesca da Bahia Pesca junto com a Seap, dentro de um projeto inovador na Bahia, de envolvimento social, ressocialização e capacitação técnica dos apenados do estado. Neste primeiro momento entregamos 1 tonelada de tilápias, mas esses tanques têm capacidade de produção de três toneladas. Essa foi uma entrega emblemática, e a partir disso, já estamos em construção em Simões Filho e a intenção é que contemple as 28 unidades prisionais do estado."
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O Secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, José Castro, destacou a importância dos esforços que estão sendo feitos para garantir a ressocialização dos presos.
"Esse trabalho com a tilápia tem um ciclo de 7 meses, e a cada ciclo vamos doar três toneladas ao projeto Bahia Sem Fome. E através da parceria com o Senai, isso permite que o apenado desenvolva algum tipo de habilidade e quando cumprir sua pena será reintegrado à sociedade com algum ofício. Será mais fácil, pois a gente procura o Sine, onde também temos parcerias, para facilitar a empregabilidade deles. (…) Temos que trabalhar com o preso com o viés da ressocialização. Não adianta ele entrar e quando ficar sob a custódia do estado reincidir no crime. O preso quando cumprir a pena irá voltar para as ruas. Então qual tipo de preso a sociedade quer. Reinserido ou reincidido no crime? Estamos investindo na capacitação dos presos, para que eles tenham uma transformação de vida", observou.
O secretário falou ainda sobre o acompanhamento jurídico e de saúde dado pelo estado aos presos e servidores.
"A gente tem muitas assistências para os apenados, através da lei de execução penal, como assistência jurídica, médica, e também temos que pensar nos nossos servidores, por isso nas clínicas de psicologia haverá o acompanhamento e trazer bem-estar para os profissionais, reforçando o serviço", afirmou.
O Diretor do Conjunto Penal, José Freitas Júnior, parabenizou o estado pelas iniciativas.
"Começamos com a autossuficiência em água, que antes pagávamos quase R$ 1 milhão por ano, e hoje como poço artesiano podemos fazer esse projeto, tanto a parte de plantio quanto de cultura de peixes, que serão utilizados para matar a fome de pessoas em vulnerabilidade social. E estamos retirando aqui mais de três toneladas de tilápias que vão servir para a mesa das pessoas."
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