Primeiro voo comercial no aeroporto de Feira de Santana faz 7 anos

GeralLimitações permanecem

Primeiro voo comercial no aeroporto de Feira de Santana faz 7 anos

As limitações do aeroporto ainda permanecem sem solução

Crédito: Manu Dias
Nesta quarta-feira (2) é dia de lembrar de uma data histórica para o Aeroporto João Durval Carneiro. Em 2 de fevereiro de 2015, uma segunda-feira, foi a estreia do voo AD-2760, da Azul Linhas Aéreas, procedente do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Iniciava-se ali a primeira operação regular a jato em Feira de Santana, com cinco voos semanais (segunda a sexta), com o Embraer 190, para 106 passageiros, em um voo de pouco mais de 2 horas de duração e com fácil acesso ao centro financeiro do país. O voo inaugural, entretanto, foi com o Embraer 195, para 118 passageiros. Diversas autoridades estiveram presentes, dentre os quais o Governador do Estado, Rui Costa (PT), o Secretário Estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, o Deputado Zé Neto (PT) e Ronaldo Veras, Diretor da Azul Linhas Aéreas.

Após desembarcar em Feira, o governador falou em entrevista coletiva sobre a importância daquele voo para a cidade: "Fui ontem a noite para São Paulo e hoje pela manhã conversei com a direção da Azul sobre esse voo e o potencial de voo que Feira de Santana tem e queremos estender para outras cidades e ampliar o serviço ofertado. O aeroporto é como uma criança, não nasce correndo. Ela nasce, engatinha, fica de pé e depois dá os primeiros passos. O mais importante foi reabrir, fazer o investimento e preparar a cidade", salientou.

Aquele ano acabou sendo o de melhor movimento da história do Aeroporto de Feira, com 32.423 passageiros, e já se falava de voo diário noturno para São Paulo, mas a infraestrutura continuou deficiente e isso nunca se concretizou. Sem as desapropriações para aumentar a distância do muro em relação à pista, não houve homologação para voo por instrumento (IFR) e a Azul reduziu as operações em Feira para apenas 1 voo semanal a partir de 2016. A companhia aérea também fez alterações frequentes nos destinos do voo, numa ação desmotivadora para os usuários.

Para completar, foram muitas idas e vindas com as trocas na gestão da concessionária A.F.S. - Aeroporto de Feira de Santana, que administra o equipamento, o que não contribuiu para a estabilidade do funcionamento do local.

Com a pandemia, os voos em Feira de Santana foram suspensos desde março de 2020, sem retorno até o presente momento e sem que se veja uma articulação consistente para as novas operações. A concessionária informou recentemente que está em negociação com as companhias aéreas, mas ainda sem resultado concreto divulgado.

O fato é que se tem muito pouco a comemorar, pois as limitações do aeroporto de Feira de Santana ainda permanecem sem solução. Passados sete anos e agora já perto do fim do segundo mandato, a impressão é de que o entusiasmo do governador naquela ocasião se desfez com o tempo, pois sequer as obrigações contratuais do Estado, relativas às indenizações e ao novo cercamento para permitir a ampliação do local, foram cumpridas até agora. A sociedade feirense precisa se articular e cobrar um aeroporto à altura da segunda maior cidade da Bahia, pois esta merece bem mais do que a infraestrutura atual existente. 

 

Comentários:

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Domingo, 22 Dezembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.jornalfolhadoestado.com/