Preços dos produtos juninos disparam e clientes reclamam: 'Tem que pechinchar'

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Preços dos produtos juninos disparam e clientes reclamam: 'Tem que pechinchar'

Clientes reclamam da alta nos preços da laranja, amendoim e milho no Centro de Abastecimento.

Foto: Mário Sepulveda/ FE
Milho, laranja, amendoim, entre outros alimentos típicos da mesa junina têm grande procura nesta época do ano nas feiras livres e mercados de Feira de Santana, assim como em toda a região Nordeste.

No Centro de Abastecimento, com a proximidade do São João, o movimento também aumentou nos últimos dias. No entanto, com a alta nos preços das mercadorias, os clientes estão tendo que pechinchar um pouco mais.

A dona de casa Graça dos Santos Silva reclamou da elevação dos preços, mas acredita que não pode faltar milho, nem amendoim na mesa do São João.
Foto: Mário Sepulveda/ FE

"Para ser sincera, subiu tudo. Não tem nada barato, mas é a vida, vamos fazer o que? É a época, temos que comprar para consumir. A quantidade está sendo a mesma, agora o preço subiu mais um pouco. A qualidade está boa do milho, o amendoim, estão de excelente qualidade, não tenho o que dizer, só o preço que a gente tem que pechinchar. Acho que aumentou na faixa de uns 30% do ano passado para cá", avaliou.

A consumidora Lucilene Machado também foi ao Centro nesta quinta-feira (20) em busca do milho e do amendoim. Quando viu os preços, ficou na dúvida do que levar.

Foto: Mário Sepulveda/ FE

"Estou comprando o milho e estou achando caríssimo. O amendoim mesmo, estão abusando dos preços. Tanto que eu nem sei se vou pegar, porque está muito caro. Os outros produtos estão mais ou menos", refletiu.

Já Ana Maria Vitória Lopes considerou que o amendoim ainda está caro, mas o milho dá pra levar. "Laranja ainda está um pouco caro também. Acho que o amendoim tem que baixar mais pra todo mundo levar. A gente não tem dinheiro para comprar tudo, e vai comprando aos poucos."

Apesar do aumento nos valores dos produtos, como o milho, a laranja e o amendoim, os comerciantes garantem que as vendas estão acontecendo por se tratar de alimentos que fazem parte da tradição.

O vendedor de laranjas João Vitor Silva Oliveira informou que a caixa do produto está custando 50 reais, sem a lavagem. Já a laranja lavada e encerada sai por R$ 58,55 a caixa.

"A de umbigo custa R$ 70 a madura, e ainda encontra meio cento por R$ 35. O preço ainda é ajustável e daqui para domingo sobe mais. A demanda está muito grande, é chegando caminhão e descarregando, por isso não vai faltar", afirmou.

Foto: Mário Sepulveda/ FE

O vendedor Antônio Carlos Oliveira Sena reclamou que começou a comprar o milho este ano por R$ 60 o cento, mas na última semana o preço 'pipocou'. Ele reclamou ainda que os produtores nesse período aproveitam para aumentar os preços da mercadoria e isso acaba prejudicando as vendas dos pequenos comerciantes.

"Agora já está por R$ 80, subiu R$ 20 o cento. E vai subir mais os preços. Estou vendendo oito milhos por R$ 10, com a unidade saindo a R$ 1,25 mais ou menos, e o cento a R$ 100.
Foto: Mário Sepulveda/ FE

Outro comerciante de milho, no Centro de Abastecimento, Paulo Sérgio espera que o preço da mercadoria baixa um pouco nos próximos dias, e isso melhore as condições de vendas para os consumidores.

"A gente está na expectativa de que abaixem os preços, porque os fornecedores estão explorando e quando a gente repassa para o consumidor, eles reclamam. A procura está grande, porém com muita reclamação."

Na opinião dele, se o preço baixar um pouco, todos vão comer milho nos festejos com mais satisfação.

"O cento aqui está saindo por R$ 85. Milho não vai faltar, porque produziu muito na região, em Coração de Maria, Santo Antônio de Jesus e tem muito milho vindo também de Sergipe, que eles lá são fortes nesse tipo de plantação."

Alexsandro Pinto Ferreira comercializa amendoim, um alimento que não pode faltar no São João, mas que este ano está saindo bem mais salgado para o consumidor.
Para ele, diante do aumento no preço do produto e a redução da oferta, pode ser que a quantidade na mesa das famílias seja menor que no ano passado.

"No momento está muito caro, a demanda está pouca e os preços subiram. Ontem era R$ 20 e hoje (quinta-feira, 20) está por R$ 25 o balde. É um produto da época e as pessoas procuram muito", lamentou.

 

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Quinta, 21 Novembro 2024

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