Preço da cesta básica cai pelo quarto mês em Feira de Santana, diz estudo da UEFS
Decréscimo chega a 5,28% no trimestre finalizado em outubro
Além dos quatro meses seguidos de queda de valor da cesta, em 12 meses, o conjunto de alimentos mantém incremento de valor: o custo da cesta em outubro de 2022 foi 11,14% maior que o calculado em outubro de 2021.
O estudo do curso do Programa "Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos", do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) observa que, nesse período de 12 meses, nove alimentos tiveram preços médios majorados e três tiveram queda de preços.
As maiores altas foram observadas no leite (48,70%) e na farinha (47,46%). Também registraram aumentos significativos o café (33,19%), a manteiga (28,11%), o pão (27,82%) e a banana (24,92%). As quedas foram notadas no tomate (-22,06%), arroz (-4,73%) e carne (-0,38%).
Cotejando os preços levantados em outubro com os vigentes no mês anterior, constata-se que cinco produtos tiveram sofreram elevação de seus preços médios: farinha (7%), tomate (6,27%), açúcar (5,10%), óleo (0,34%) e café (0,32%). Sete alimentos registraram queda de preços, as reduções mais relevantes foram a do leite (-6,78%), da banana (-2,55), do feijão (-2,48%) e do pão (-2,14%). Os demais produtos tiveram reduções em patamar inferior a 2%.
Quanto à importância do alimento (preço médio e quantidade estabelecida) na composição da cesta, verifica-se que a carne se mantém como o item que mais pesa no bolso do cidadão. Só com a aquisição da carne, o feirense despendeu de 26,31% de todo o valor destinado à alimentação em outubro. O segundo item em grau de relevância (preço e quantidade) mantém-se também o pão, que representou 16,19% do custo da cesta.
Concentrando a atenção nas duas refeições em geral mais importantes para o cidadão de Feira de Santana, nota-se que o prato de almoço (composto por arroz, feijão e carne) correspondeu a 36,75% do valor da cesta básica de outubro, percentual inferior ao observado em setembro, 36,93%. O café da manhã (pão, manteiga, café e leite) representou 35,06 do custo da cesta, percentual inferior ao verificado no mês anterior, de 35,84%.
No que se refere à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador comprometeu 43,89% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em outubro.
Trata-se de um comprometimento de 0,37 ponto percentual menor que o calculado em setembro (44,26%). Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 96 horas e 33 minutos, o que significa uma redução de 49 minutos do tempo de trabalho do feirense que recebe o salário mínimo para adquirir a cesta em relação ao observado no mês anterior.
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