Pessoas com deficiência ainda enfrentam desafios com acessibilidade em Feira
Com a proximidade da Micareta de Feira, o Conselho também tem trabalhado para garantir um espaço acessível e inclusivo
Feira de Santana Noticias 24h - As pessoas com deficiência em Feira de Santana ainda enfrentam desafios significativos em relação à acessibilidade. De acordo com Rosilene Oliveira Costa, presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência de Feira de Santana, em entrevista ao Jornal Folha do Estado, a realidade dessas pessoas é marcada pela invisibilidade e pela falta de infraestrutura adequada.
"A pessoa com deficiência, não somente em Feira de Santana, como praticamente em todos os lugares, é invisível. As pessoas não notam, não pensam. Basta olhar para as calçadas, cada qual de um tamanho. O cadeirante, por exemplo, prefere andar na rua do que na calçada porque, apesar de existir uma lei municipal que determina a padronização das calçadas, essa norma não é respeitada", destaca Rosilene.
Ainda segundo Rosilene Costa, outro ponto crítico é a construção das rampas de acesso, que muitas vezes são inadequadas. "Quem faz as rampas não consulta as pessoas com deficiência para saber se elas conseguem usá-las corretamente. Muitas vezes, elas não proporcionam um acesso real, o que prejudica a mobilidade. Além disso, o piso tátil, em alguns locais, direciona a pessoa para paredes ou postes, colocando em risco a segurança de deficientes visuais", explica.
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Rosilene ressalta ainda que o Conselho também tem buscado dialogar com a Secretaria de Mobilidade e a Superintendência de Trânsito sobre a ocupação indevida de vagas reservadas para pessoas com deficiência. "A suspensão do direito de estacionamento para pessoas com fibromialgia, uma condição reconhecida como deficiência oculta, fez com que fôssemos até a Superintendência para lembrar que existe uma lei municipal garantindo esse direito. Durante a reunião com o superintendente Ricardo e Sérgio Carneiro, discutimos também a fiscalização das vagas destinadas a pessoas com deficiência, tanto nas ruas quanto dentro de supermercados", afirma.
Com a proximidade da Micareta de Feira, o Conselho também tem trabalhado para garantir um espaço acessível e inclusivo para pessoas com deficiência. "Conversamos com o Secretário de Cultura e teremos novidades este ano para garantir mais conforto e acolhimento. No ano passado, o camarote para pessoas com deficiência recebeu a maior nota em avaliação de estrutura da festa, o que mostra a importância desse espaço para a inclusão", destaca a presidente do conselho.
Rosilene finaliza reforçando o compromisso do Conselho em ampliar as vozes das pessoas com deficiência e lutar por seus direitos. "Estamos empenhados em trazer mudanças reais por meio de campanhas e ações concretas. Ainda temos muito a avançar, e contar com o apoio da população e das instituições é fundamental para essa transformação".
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