Leite, tomate e feijão encarecem cesta básica em Feira de Santana
Valor sobe para R$ 521,25 e acumula alta de 11,85% no ano
Segundo o estudo "Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos", da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), dos doze produtos que compõem a cesta, nove tiveram seus preços majorados. As maiores elevações dos preços médios foram verificadas para o leite (19,48%) o tomate (13,04%) e o feijão (11,95%). As únicas reduções de preços observadas foram da carne (-2,43%); da banana-prata (-1,91%) e da farinha (-0,94%).
No último trimestre (abril a junho de 22), o aumento da cesta foi de 2,04%, sobressaindo as elevações nos seguintes produtos: leite (29,49%); feijão (27,8%) e pão (10,76%). Por outro lado, destacam-se as quedas nos preços do tomate (-13,73%) e da banana (-8,89%). Já no acumulado de 12 meses (junho/21 a junho/22), a cesta básica registrou incremento de 23,56%, passando de R$ 421,85 para R$ 521,25. Nesse período, à exceção do arroz, que teve redução de 8,84%, os demais produtos que compõem a cesta apresentaram aumento nos seus preços, com destaque para o café (71,86%); tomate (64,27%); banana (36,68%) e óleo de soja (35,07%).
O almoço do feirense, normalmente constituído de arroz, feijão e carne, correspondeu a 36,86% do valor da cesta básica de junho, percentual inferior ao observado em maio 38,03%. Essa redução deveu-se à queda no preço da carne (-2,43%). Já o café da manhã tradicional, que reúne pão, manteiga, café e leite, representou 30,87% do custo da cesta - percentual um pouco mais elevado que o verificado no mês anterior, de 30,22%. Vale notar que todos os quatro alimentos que compõem o café da manhã tiveram elevação nos preços, com destaque para o leite (19,46%).
No que se refere ao salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), o valor da cesta básica comprometeu 46,49% do ganho do trabalhador em junho. Trata-se de um comprometimento de 2,17 pontos percentuais a mais que o calculado em maio (44,73%), refletindo o incremento observado no valor cesta básica e a consequente perda do poder de compra do trabalhador. Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, constata-se um dispêndio de 102 horas e 17 minutos, aumentando o tempo de trabalho em aproximadamente 4 horas para adquirir a cesta em relação ao observado em maio.
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