A administração da Universidade estadual de Feira de Santana (UEFS), através de nota, sinalizou processos administrativos e manutenções diárias de serviço que foram interrompidos por causa da greve estudantil.

"Desde o dia 03 de outubro deste ano, data do primeiro ato do movimento estudantil que fechou o pórtico da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), algumas atividades essenciais desenvolvidas no campus da instituição permanecem suspensas. Ações como a realização de obras, ampliação de espaços, manutenção dos prédios, inclusive dos laboratórios, conservação das áreas verdes e limpeza dos ambientes, desenvolvidas por mais de 200 trabalhadores terceirizados, não estão sendo realizadas. Diversas obras que estavam em andamento na Uefs estão paradas há mais de 20 dias. Uma delas é a de pavimentação, que estava prevista para ser concluída no final deste ano. Os equipamentos parados e os trabalhadores impedidos de acessar o campus têm gerado prejuízos que posteriormente podem ser cobrados à universidade, através de aditivos de prazo e valor. A ampliação da cozinha do restaurante universitário, uma pauta dos próprios estudantes, também está prejudicada. A adequação do hangar para utilização provisória do RU foi interrompida, o que gera também atrasos e prejuízos, dentre inúmeras outras", reclamam.

A instituição diz ainda que diante da interrupção de atividades, os contratos de prestações de serviços com empresas terceirizadas podem ser suspensos, já que não estão sendo executados, acumulando maiores prejuízos para a Instituição. "A obra de ampliação do Restaurante Universitário (RU) está orçada em R$ 3.228.828,00 (três milhões duzentos e vinte e oito mil oitocentos e vinte e oito reais) e a obra que deveria estar acontecendo no hangar para a construção do RU provisório tem orçamento de R$ 517.311,00 (quinhentos e dezessete mil trezentos e onze reais). As obras de pavimentação das vias do campus que estão completamente paradas têm o valor de R$ 19.076.697,00 (dezenove milhões setenta e seis mil e novecentos e noventa e sete reais), só para enumerar as principais obras que já acumulam prejuízos em seus cronogramas e execução".

A gestão diz ainda que há estruturas que seguem desde o dia 3 de outubro sem quaisquer manutenções preventivas ou corretivas como os espaços da pós-graduação em Saúde Coletiva, os laboratórios e prédio do LABIO, herbário e os prédios do CAU 1, CAU 2 e CAU 3. Também seguem sem manutenção o Cedoc, localizado no prédio da pós em História, os espaços do Proinfo bem como as estruturas dos módulos 1 a 7. "A gestão reafirma a urgência da normalidade das atividades administrativas, de manutenção e das obras, pelo bem e cuidado da Universidade".